A terça-feira (9) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
“As cotações do milho e da soja continuam caindo em direção à colheita, embora permaneçam historicamente fortes”, disse Cole Raisbeck, corretor de commodities da Kluis Commodity Advisors, conforme reportado pelo site internacional Successful Farming.
No final da segunda-feira, o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou avaliações semanais das lavouras dos EUA mais fortes do que o esperado pelo mercado, o que também ajudou a pressionar as cotações.
Por outro lado, “os futuros foram sustentados pela preocupação de que as condições de cultivo menos favoráveis no final do verão no Centro-Oeste possam prejudicar o potencial de produtividade, com um padrão climático predominantemente seco no Centro-Oeste previsto para se estender até a segunda quinzena de setembro”, ressalta Bruce Blythe, analista da Farm Futures.
A proximidade do relatório de oferta e demanda que o USDA irá divulgar no dia 12 de setembro também começa a influenciar o mercado. “A estimativa de produtividade do milho da nova safra provavelmente será ajustada para baixo devido à pressão de doenças e à seca recente. Desde 1993, o ajuste médio de produtividade para baixo no relatório WASDE de setembro é de 2 bushels por acre (bpa). Do lado da demanda, o Grain Market Insider espera exportações ligeiramente maiores e menor consumo de ração. No geral, a expectativa é de redução dos estoques finais”, reporta o Successful Farming.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 4,01 com queda de 1,75 ponto, o dezembro/25 valeu US$ 4,19 com desvalorização de 2 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,37 com baixa de 2 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,47 com perda de 2 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (8), de 0,43% para o setembro/25, de 0,47% para o dezembro/25, de 0,46% para o março/26 e de 0,44% para o maio/26.
Mercado Interno
Os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) também tiveram uma terça-feira levemente negativa.
De acordo com a análise da Agrinvest, apesar de um dólar mais forte ante ao real os preços do milho não encontraram forças para subir na B3, sentindo pressão da queda do cereal em Chicago.
Por outro lado, no spot o milho segue com preços firmes diante da postura de cautela dos produtores e da dificuldade dos compradores em fechar negócios.
“Em Goiás e Minas Gerais a procura pelo milho tributado também sustenta os preços, reforçando a pressão sobre o mercado paulista. Mesmo com oferta e frete que poderiam sugerir queda, o cenário não se confirma”, destacam os analistas da Agrinvest.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,49 com elevação de 0,15%, o novembro/25 valeu R$ 68,23 com baixa de 0,03%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 71,30 com perda de 0,13% e o março/26 teve valor de R$ 73,56 com queda de 0,04%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho permaneceu praticamente inalterado neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente na praça de Sorriso/MT.