Primeira área da 30° Abertura Oficial da Colheita do Arroz é semeada no RS

O setor vem enfrentando dificuldades nos últimos anos
Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM
25/09/2019 | 131

Primeira área da 30° Abertura Oficial da Colheita do Arroz é semeada no RS

O setor vem enfrentando dificuldades nos últimos anos
Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM
25/09/2019 | 131

Foto: divulgação/Irga

 

No início desta semana, equipes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), semearam conjuntamente a primeira área da 30° Edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz em Capão do Leão (RS). A cidade sediará o evento nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro de 2020.

 

O objetivo do evento é desenvolver o setor orizícola, reunindo todos os elos da cadeia para mostrar a campo os últimos avanços científicos e tecnológicos do setor, além de discutir a realidade sócio-econômica do setor em nível nacional e internacional. O setor vem enfrentando dificuldades nos últimos anos em função dos preços baixos do produto, dos altos custos de produção e da entrada de arroz importado.

 

Dados apresentados pela Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) durante a  55ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Arroz, realizada na 42ª Expointer, em Esteio (RS), confirmam o cenário de preocupação. De 2014 a 2018, as unidades produtivas de arroz passaram de 9 mil para 6 mil, uma redução de 30%. O número serve de alerta para o setor que vem sofrendo ao longo dos últimos anos com os preços baixos. O presidente da entidade, também abordou o endividamento do setor e essa questão da concorrência com o produto do Paraguai.

 

Confira a apresentação completa do Panorama da Safra

 

O Rio Grande do Sul é o maior produtor do cereal no Brasil, sendo responsável por mais da metade da produção nacional.  O estado gaúcho se prepara para uma nova safra, que chega acompanhada de uma expectativa de redução de plantio, que vai de 5% a 10%.

 

Durante o encontro, o sócio da Expoente Corretora de Mercadorias, Importação e Exportação, Guilherme Gadret, falou sobre a plataforma da Bolsa Brasileira de Mercadorias para emissão de Cédula de Produto Rural de forma 100% digital. Foi um momento oportuno para a apresentação junto a diversos elos da Cadeia Produtiva do Arroz, que ao final do mesmo dia, puderam confraternizar na Casa do Irga da Expointer, a exemplo de anos anteriores. 

 

Confira a apresentação sobre a plataforma Bolsa Agro CPR

 

Outro assunto abordado foi sobre as diferentes possibilidades na utilização de drones em lavouras de arroz, por Luís Pacheco, agrônomo da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura. O Brasil possui hoje uma frota de 458.055 pulverizadores autopropelidos ou em tratores, além de 2.115 aviões agrícolas e 973.438 pulverizadores costais. O setor vem investindo fortemente em tecnologia.

 

Confira o material completo da apresentação

 

Esteve ainda em evidência no encontro, o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABS), que levou ao debate as diferentes tecnologias sustentáveis para promover a agricultura transformacional com resultados positivos e de longo prazo. O plano é de reduzir em até 37% a emissão de Gases de Efeito Estufa até 2025, chegando a 40% em 2030. O chamado “efeito poupa terra” foi apontado como um grande benefício para uma agricultura sustentável por diminuir a necessidade de uso de novas áreas e permitindo rotação e diversificação de atividades.

 

Acesse o material da apresentação

 

Lívia Carvalho, diretora da Associação dos Arrozeiros, foi a responsável por fechar o 55º encontro da Câmara com a pauta “Derivados do Arroz: uma visão do futuro”. A abordagem tem o intuito de promover a agregação de valor ao produto nacional. É o caso da farinha de arroz que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, especialmente, pela possibilidade de ser consumida por celíacos, uma fatia importante de consumidores.

 

Clique e acesse a apresentação

 

Ao final da reunião, em assuntos gerais, debateu-se sobre os estoques privados de arroz pelo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento. O entendimento de diversos participantes é que o número divulgado pela Conab não reflete o real estoque e, por isso, sugeriu-se novas formas de levantamento da informação ou troca de informações entre entidades governamentais, como Instituto Brasileiro de eografia e Estatística (IBGE) que também realiza este levantamento.

 

A próxima reunião da Câmara está marcada para o dia 4 de dezembro às 13h.

 

Histórico da Câmara


A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz foi instalada em 19 de outubro de 2004 em Brasília, DF, pelo Ministro Interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Amauri Dimarzio. Na ocasião, o Ministro indicou como Presidente da Câmara, Francisco Lineu Schardong, representante da CNA, e como Secretário-Executivo, Paulo Morceli, da CONAB, nomes que foram referendados por ocasião da primeira reunião ordinária da Câmara.


A Portaria nº 49, de 22 de fevereiro de 2006 criou a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz. Trata-se de órgão consultivo formado por 34 entidades representativas dos diversos segmentos ligados aos setores governamental e privado. Hoje, a entidade é presidida por Daire Paiva Coutinho.

 

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