Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, confirmando um desempenho semanal positivo, em um repique após um começo mais negativo em outubro, com Prio entre os destaques positivos do dia após retomar produção do FPSO Peregrino.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,84%, a 143.398,63 pontos, após marcar 143.424,48 na máxima e 141.247,97 na mínima do dia. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 1,93%, mas no mês ainda perde 1,94%.
O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$26,5 bilhões, em pregão marcado por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.
De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli Siqueira, a sexta-feira não trouxe novidades relevantes, com pregão refletindo algumas operações relacionadas ao exercício de opções.
Siqueira observou que mesmo com os ajustes no começo do mês números melhores sobre a inflação que têm alimentado expectativas de algum alívio na taxa Selic continuam apoiando um cenário favorável para as ações.
“A renda variável começa lentamente a ser vista”, acrescentou, ponderando que a liquidez permanece baixa. Até o final de setembro, o Ibovespa acumulava em 2025 uma valorização de quase 22%.
Analistas do Citi também citaram entre os argumentos para se ter uma alocação estratégica em ações brasileiras o nível elevado de juros no país, que abre espaço para um possível ciclo de corte já no início de 2026.
Wall Street fechou no azul, com investidores avaliando os últimos comentários do presidente dos Donald Trump sobre a China, enquanto os resultados trimestrais dos bancos regionais aliviaram as preocupações sobre os riscos de crédito.
DESTAQUES
– PRIO ON avançou 5,61%, após divulgar que foi retomada nesta sexta-feira a produção do FPSO Peregrino, na esteira de autorização da agência reguladora ANP, que havia interditado o campo. A Prio afirmou que o processo de ramp up da produção no campo iniciará de imediato.
– WEG ON subiu 4,48%, ampliando a recuperação em outubro, após fechar setembro com tombo de mais de 29% no ano. O BTG Pactual reiterou compra para a ação, citando fundamentos de longo prazo sólidos e perspectivas de crescimento, apesar da fraqueza de curto prazo, que avaliam parcialmente precificada.
– RAÍZEN PN saltou 9,41%, após tocar mínima intradia na véspera (R$0,84). Analistas do JPMorgan citaram a ação entre os papéis com risco potencial de “short squeeze”, em razão de indicadores como taxa de aluguel e dias de cobertura. Em 2025, a ação cai 56,9% por receios sobre o endividamento.
– PETROBRAS PN valorizou-se 0,95%, fornecendo um suporte relevante ao Ibovespa, em pregão com variações modestas dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent fechou com acréscimo de apenas 0,38%.
– BANCO DO BRASIL ON encerrou com variação positiva de 2,6%, puxando o desempenho positivo do setor no Ibovespa. BRADESCO PN avançou 0,68%, ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,35% e SANTANDER BRASIL UNIT fechou com acréscimo de 0,68%.
– VALE ON recuou 0,28%, em dia de declínio dos preços do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, contudo, o destaque foi GERDAU PN, que subiu 1,87%. CSN avançou 0,48% e USIMINAS PNA fechou em alta de 1,46%.
– TOTVS ON fechou em queda de 1,71%, no quinto pregão seguido de baixa, ampliando a correção em outubro, após desempenho mais positivo em setembro.
– KLABIN UNIT caiu 2,04%, após duas altas seguidas, enquanto SUZANO ON cedeu 0,36%.