Por Rodrigo Viga Gaier e Fabio Teixeira
RIO DE JANEIRO (Reuters) – As ações da Vibra Energia caíam nesta quinta-feira, após a Bloomberg News noticiar que a Petrobras está considerando retornar ao varejo de venda de combustíveis e que seu conselho se reunirá esta semana para discutir o assunto.
Por volta das 13h50, as ações da Vibra recuavam cerca de 2,3%, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que caía 0,14%. As ações preferenciais da Petrobras cediam quase 1%.
Nesta quinta-feira, duas fontes familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que a Petrobras não tem planos de voltar a vender combustível no varejo.
Uma delas observou que a estatal possui uma cláusula de não concorrência com a Vibra, sua antiga subsidiária, até 2029. A fonte acrescentou que, mesmo que o assunto viesse à tona durante uma reunião do conselho, essa cláusula impediria qualquer ação.
Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A Vibra é uma das maiores distribuidoras de combustível da América Latina, operando uma rede de postos de gasolina com a marca Petrobras e vendendo combustível diretamente a empresas.
Antiga BR Distribuidora, a empresa foi desmembrada da Petrobras e privatizada em 2019 sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro, à medida que a estatal vendia ativos para se concentrar nas frentes de exploração e produção de petróleo.
A medida foi considerada um erro grave pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que frequentemente critica os varejistas de combustível por não baixarem os preços na bomba, mesmo quando a Petrobras, que controla a maior parte do refino de petróleo do Brasil, reduz seus preços para as distribuidoras.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Fabio Teixeira)