Nesta sexta-feira, dia 7 de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Algodão ou, em inglês, "World Cotton Day". Uma data criada em 2019 para celebrar uma das commodities mais importantes do Brasil e do mundo com uma tradição de pelo menos 6 mil anos. A história conta que o algodão era cultivado pelos Incas e por outras civilizações antigas que já usavam a pluma para a fabricação de tecidos, tendo como uma de suas origens a África Central.
No Brasil, a cadeia do algodão é umas das mais organizadas do agronegócio. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia são os maiores produtores nacionais. O BR, por sua vez, é o quarto maior produtor mundial de algodão e um dos maiores exportadores. Na última safra, o país produziu 3 milhões de toneladas da fibra, além de ser uma referência em algodão sustentável. Atualmente, 100% da pluma brasileira é rastreada e 85% tem certificação socioambiental, tudo isso graças a um trabalho que vem sendo desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e outras entidades importantes do setor e, claro, ao engajamento aos produtores rurais.
Mas afinal, quem é a BBM nesse fio de algodão?
A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) é uma entidade com 20 anos de tradição no agro e, principalmente, na cultura do algodão, onde está seu DNA. A BBM é responsável por comercializar mais da metade do volume da pluma produzida no Brasil por meio de 40 corretoras associadas especializadas neste mercado.
Uma das principais vantagens de realizar um negócio por meio da Bolsa é que as partes envolvidas podem contar com o amparo da Câmara Arbitral para solução de qualquer possível impasse que impeça a boa execução do contrato. Ela garante mais celeridade na promulgação da sentença, redução dos custos competitivos e oferece a expertise dos árbitros junto ao mercado. Fora isso, quando se comercializa um lote de algodão através do quadro de corretores da Bolsa, este negócio é devidamente registrado na Bolsa por meio do Sistema de Informações de Negócios com Algodão em Pluma (Sinap), e isso alimenta uma base de dados estatísticos vitais ao mercado.
No cenário global, a Bolsa Brasileira de Mercadorias é associada ao CICCA – Committee for International Cooperation Between Cotton Associations – com sede em Liverpool (UK), e ainda participa do Conselho Consultivo Internacional do Algodão. A entidade é signatária do Universal Cotton Standards Agreement pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Este acordo faz com que o nome da Bolsa seja levado em caixas padrão do algodão, que servem de parâmetro para a classificação no mundo todo.
Além disso, a Bolsa também conta com uma Câmara Consultiva do Algodão que reúne participantes da Abrapa, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), além de representantes da Junta dos Corretores de Algodão da BBM. Através desta Câmara, discutem-se formas de aprimorar a comercialização do algodão no Brasil.
