Soja: Produtor brasileiro tem que monitorar possível pressão do início da nova safra sobre Chicago e prêmios
O mercado da soja começou a semana sem a referência de Chicago para os preços, registrando baixa liquidez no mercado brasileiro, portanto. A Bolsa de Chicago não operou nesta segunda-feira (1) em função do feriado do Labor Day, ou Dia do Trabalho nos EUA, o que deixou o cenário nacional sem grande apelo, diante apenas do leve ganho registrado pelo dólar frente ao real. A moeda americana encerrou o dia com R$ 5,44 e alta de 0,32%.
Assim, poucos negócios novos foram reportados nesta segunda-feira. As atenções estão voltadas agora para o início da nova safra brasileira com a chegada de setembro. As expectativas indicam um crescimento bastante modesto de área, podendo ser o menor em duas décadas, porém, com a possibilidade de uma nova safra recorde, o que poderia vir a pressionar tanto os futuros em Chicago, quanto os prêmios por aqui no início do próximo ano, ao passo em que as lavouras forem se desenvolvendo e o clima se desenhando.
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O head de commodities da Granel Corretora, Gilberto Leal, explicou mais destas perspectivas e da comercialização ainda lenta da soja 2025/26. Leal destacou a possibilidade de uma pressão adicional da nova temporada brasileira tanto sobre as cotações da oleaginosa na CBOT, quanto nos prêmios para o início do próximo ano. O farmer selling da nova safra está atrasado e, além de pesar sobre os preços, deixa o produtor bastante exposto ao risco, lhe exigindo uma gestão de risco ainda mais detalhada daqui em diante.
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