Os preços do café encerram a sessão desta sexta-feira (17) em lados opostos nas bolsas internacionais. Segundo o Barchart, o arábica se recuperou das perdas iniciais e subiu após os estoques certidicados da variedade caírem para a mínima em 19 meses. Já o robusta recuou devido às previsões de chuva neste fim de semana nas Terras Altas Centrais do Vietnã, a principal região produtora do país, o que deve impulsionar o desenvolvimento das safras e a produtividade. “A província de Dak Lak, a maior região produtora de café do país,
deve receber 70 mm de chuva na próxima semana, em comparação com a média histórica de 61,3 mm”, completou ainda o portal.
Informações do portal internacional Bloomberg aponta que existe a expectativa que o Vietnã (maior produtor mundial de robusta) colha sua maior safra em quatro anos após boas chuvas, o que pode ajudar a aliviar a oferta restrita e pressionar os preços globais para baixo. A produção deve aumentar para 1,76 milhão de toneladas na temporada 2025-26, de acordo com a estimativa mediana de sete traders, produtores, exportadores e analistas consultados pela Bloomberg News. “Um fluxo maior de grãos no mercado pode ajudar a suprir a escassez global após safras abaixo do esperado nas duas temporadas anteriores e ajudar a suavizar os preços, que dispararam 42% no mês passado”, completa ainda a publicação do portal.
Relatório da Pine Agronegócios destaca que o mercado global de café entrou no quarto trimestre de 2025 sob o peso de duas variáveis que raramente atuam em sincronia e agora convergem para reorganizar preços, fluxos e expectativas: o redesenho do ambiente comercial com os Estados Unidos e a normalização das chuvas nas principais origens brasileiras.
De acordo com relatório do Itaú BBA o mercado cafeeiro vive semanas decisivas, e a volatilidade persiste diante do balanço global apertado.”As próximas semanas serão decisivas para confirmar ou não o pegamento das floradas.Os modelos climáticos apontam para bons acumulados mensais de chuva até dezembro. Caso o clima permaneça favorável, a produção do próximo ano, especialmente de arábica, poderá ser significativamente melhor.
No entanto,um bom pegamento é apenas o primeiro passo”, completa o documento.
Em Londres, o robusta encerra com baixa de US$ 62 no valor de US$ 4,552/tonelada no contrato de novembro/25, um recuo de US$ 46 negociado por US$ 4,478/tonelada no de janeiro/26, e uma perda de US$ 48 no valor de US$ 4,339/tonelada no de março/26.
Já o arábica fecha com alta de 365 pontos no valor de 397,45 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 220 pontos no valor de 375,60 cents/lbp no de março/26, e um ganho de 110 pontos cotado por 360,35 cents/lbp no de maio/26.
Mercado Interno
Ainda de acordo com a Pine Agronegócios, o padrão atual observado reforça que o mercado brasileiro atravessa uma fase de transição. “A colheita recente reduziu o volume disponível, as tarifas dos Estados Unidos mantêm o comércio internacional travado e as novas floradas, embora animadoras, ainda não garantem recomposição de oferta”, explica o documento.
O Café Arábica Tipo 6 encerra o pregão com alta de 2,38% em Maringá/PR no valor de R$ 2.150,00/saca, uma queda de 1,32% em Guaxupé/MG cotado por R$ 2.251,00/saca, e um aumento de 0,42% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.370,00/saca. Já o Cereja Descascado registra queda de 1,26% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.350,00/saca,
e uma alta de 0,38% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.650,00/saca.