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Plano Safra 2025/2026 acende alerta sobre juros elevados e acesso limitado ao crédito, afirma Aprosoja Tocantins

O lançamento do Plano Safra 2025/2026 pelo governo federal, com previsão de R$ 516,2 bilhões em recursos para custeio, investimento e comercialização, reacendeu discussões no setor produtivo sobre a efetividade da política agrícola. Para a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Tocantins (Aprosoja Tocantins), o volume anunciado não resolve os principais entraves enfrentados pelos agricultores: os juros elevados, o crédito restrito e a insegurança no planejamento da safra.

A presidente da Aprosoja Tocantins, Caroline Barcellos, alertou que o crédito continua sendo um gargalo para os produtores do estado, sobretudo nas regiões em expansão agrícola. “É essencial que o Plano Safra reflita as realidades da produção no Tocantins. O acesso ao crédito precisa ser efetivo, com previsibilidade e condições justas. Seguiremos atuando para que os recursos cheguem de fato ao produtor”, destacou.

O vice-presidente da Aprosoja Tocantins, Thiago Facco, destacou que o programa precisa garantir estabilidade e previsibilidade aos produtores, e não ser tratado como um anúncio pontual às vésperas do plantio.“O Plano Safra precisa ser tratado como política de Estado, e não como uma medida pontual a cada safra. Quando o produtor recebe as regras do jogo em cima da hora, já com a safra em andamento, perde capacidade de planejamento e de negociação. Isso compromete a rentabilidade e o equilíbrio financeiro das propriedades”, afirmou Facco.

“Acompanhamos de perto a execução dos Planos Safra, mas o que se repete ano após ano é a distância entre o anúncio e a efetiva liberação dos recursos, especialmente das linhas com juros subsidiados. Os encargos vieram acima do esperado, e muitos produtores sequer conseguem acessar o crédito. Na prática, o plano tem se resumido a uma promessa política, sem atender de fato quem está no campo, especialmente os médios e pequenos”, conclui o vice-presidente.

Já o presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, avaliou que o novo Plano Safra trouxe condições insuficientes para atender às demandas da agricultura empresarial. Ele chamou atenção para o corte em recursos destinados à subvenção do seguro rural e à equalização de juros.“Em um cenário de alta nos custos e riscos climáticos crescentes, reduzir o apoio à proteção da lavoura é um contrassenso. O produtor perde em segurança e o país compromete sua capacidade de manter a oferta estável de alimentos. O crédito existe no papel, mas falta estrutura para que ele chegue com eficiência até quem produz”, disse Buffon.

Buffon também alertou para a discrepância entre o esforço do produtor rural brasileiro e o nível de apoio que recebe do poder público.“Enquanto outros países sustentam seus agricultores com subsídios de dois dígitos, aqui o orçamento destinado ao crédito rural representa uma fração mínima do que realmente é necessário para formar uma safra. Isso acaba limitando a produção, desorganiza o planejamento e afeta, no fim da cadeia, o consumidor com possível alta nos preços”, completou.

Outro ponto destacado pela Aprosoja Tocantins é a exigência do cumprimento do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) como condição para o crédito de custeio, o que pode gerar obstáculos em regiões onde o zoneamento ainda não reflete a realidade da prática agrícola local.

A entidade também aponta a necessidade de reforçar os investimentos em armazenagem e infraestrutura logística, com programas específicos voltados aos pequenos e médios produtores.“O Tocantins tem avançado em produtividade e área plantada, mas ainda sofre com gargalos de armazenagem e logística. Sem estrutura adequada e crédito acessível, a competitividade do estado fica comprometida”, acrescentou Facco.

A Aprosoja Tocantins conclui que é necessário transformar o Plano Safra em um instrumento de política pública consistente, que assegure crédito com transparência, agilidade e condições reais para que o produtor rural continue sendo protagonista do desenvolvimento econômico do estado e do país.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda