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Taxas dos DIs cedem com IBC-Br fraco e queda dos rendimentos dos Treasuries

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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – As taxas dos DIs fecharam a segunda-feira em baixa após o Banco Central revelar que a atividade econômica no Brasil teve retração superior ao esperado em julho, um fator positivo sob o ponto de vista do controle da inflação.

O recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio à expectativa dos investidores por um corte de juros nos EUA na próxima quarta-feira, contribuiu para o movimento no Brasil.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 estava em 13,985%, ante o ajuste de 14,022% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,245%, ante o ajuste de 13,302%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,375%, ante 13,409% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2032 tinha taxa de 13,475%, ante 13,543%.

Na abertura da sessão o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) cedeu 0,5% em julho ante junho, em dados ajustados sazonalmente, ante uma expectativa de retração de 0,2% projetada por economistas ouvidos pela Reuters. Foi o terceiro mês consecutivo de retração da atividade.

O resultado do IBC-Br corrobora as avaliações de que a economia brasileira está se desacelerando, o que, em tese, poderá abrir caminho para um corte de juros pelo Banco Central no futuro — provavelmente no início de 2026, projetam economistas do mercado.

No relatório Focus divulgado também pela manhã, a mediana das projeções dos economistas para a Selic no fim de 2025 seguiu em 15%, a taxa atual, e no fim de 2026 passou de 12,50% para 12,38%.

O resultado do IBC-br abriu caminho para a baixa das taxas dos DIs, em movimento que encontrava respaldo também na queda do dólar ante o real e no recuo dos rendimentos dos Treasuries, com investidores à espera de um corte de na taxa de juros nos Estados Unidos — hoje na faixa de 4,25% a 4,50% — na quarta-feira.

Os títulos norte-americanos precificavam cerca de 96% de probabilidade de corte de 25 pontos-base nos juros norte-americanos na quarta, contra 4% de chance de redução de 50 pontos-base, conforme a ferramenta CME FedWatch.

De acordo com o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares, a queda das taxas dos DIs nesta segunda-feira obedecia não apenas à retração do IBC-Br, mas também à expectativa de que, “por mais que seja improvável, o Fed possa fazer algo mais agressivo em matéria de juros”, cortando 50 pontos-base. “Então, faz sentido todas as curvas caírem”, acrescentou, sobre o movimento mais recente de queda de taxas tanto nos EUA quanto no Brasil.

No mercado brasileiro, investidores seguiram posicionados na manutenção da taxa básica Selic em 15% na próxima quarta-feira, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC também decidirá sobre juros. Perto do fechamento a curva brasileira precificava em 99% essa probabilidade.

As atenções estarão voltadas, no entanto, para a comunicação do colegiado sobre os próximos passos da política monetária. Economistas do mercado vêm ponderando que o mais provável é que o BC comece a cortar a Selic apenas em 2026, mas não está totalmente descartada a possibilidade de alguma redução ainda este ano.

“O mais importante será monitorar sinais de quando o juro pode começar a cair. A maior parte do mercado aposta que os primeiros cortes não deverão vir ainda este ano, visão com a qual concordamos”, pontuou Paula Zogbi, estrategista-chefe a Nomad, em comentário escrito.

Com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, na semana passada, o mercado se concentra agora em possíveis retaliações dos EUA ao Brasil em função do resultado do processo.

Em julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, justificou uma tarifa de 50% para os produtos brasileiros citando, entre outros pontos, o julgamento de Bolsonaro, seu aliado. Além disso, em julho os EUA aplicaram a Lei Magnitsky — que limita operações financeiras dentro da jurisdição norte-americana — contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso contra Bolsonaro. O país também limitou os vistos para alguns ministros do STF.

Passado o julgamento, porém, Olivares não espera por novas sanções contra o Brasil neste momento.

“(Trump) tendo feito a sanção e não tendo acontecido (alteração no julgamento), qual é o objetivo de adicionar mais sanções? Não vejo o benefício”, avaliou. “Acho pouco provável uma nova rodada de sanções ao país, mas podem até haver sanções individuais”, acrescentou.

Às 16h38, o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 2 pontos-base, a 4,038%.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda