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Tarifaço dos EUA requer atenção com os contratos de exportação e planejamento para minimizar riscos

A decisão do governo dos Estados Unidos de sobretaxar em 50% uma ampla gama de produtos exportados pelo Brasil, a partir do dia 6 de agosto, está gerando uma forte movimentação das empresas impactadas para analisar quais ações devem tomar frente ao tarifaço. A avaliação dos contratos em andamento é o primeiro passo recomendado, segundo o Martinelli Advogados, um dos principais escritórios de advocacia do País, que alerta as empresas a não tomarem medidas precipitadas ou que tragam riscos futuros.

“O primeiro ponto de atenção devem ser os contratos, seja para avaliar as cláusulas de cancelamento, não cumprimento dos prazos de entrega ou a responsabilidade pelo pagamento da sobretaxa”, destaca Thiago Felippe de Oliveira Santos, especialista em Negócios Internacionais e Tributação Internacional e sócio do Martinelli. Ele observa que muitas empresas exportadoras não têm contratos ou desconhecem que eles têm cláusula padrão daquele país indicando que a responsabilidade pelo desembaraço das mercadorias – incluindo o pagamento de tarifas e do imposto incidente sobre a operação – é das empresas que exportam para o mercado americano.

Por isso, antes de optar por suspender o contrato ou avaliar um reposicionamento na cadeia de distribuição do produto, é preciso realizar um planejamento cuidadoso, considerando os vários pontos de atenção. “Se a empresa desejar suspender os contratos, terá que avaliar quais serão as consequências, tanto em termos das multas previstas no contrato quanto em termos comerciais”, observa Thiago Santos.

Como há a possibilidade de que ainda ocorram surpresas no cenário das relações comerciais entre EUA e Brasil – o que inclui a perspectiva de que outros produtos ainda sejam isentos da sobretaxa, ou, na mão contrária, que haja algum entendimento dos norte-americanos de que as tarifas setoriais de produtos se somem a essa sobretaxa –, a recomendação é avaliar os possíveis cenários e aguardar até que haja maior clareza quanto aos possíveis desdobramentos da situação.

“Um risco é as empresas buscarem soluções para driblar as tarifas sem um planejamento adequado e sem avaliar os possíveis riscos, como fazer triangulações para montagem do produto final em país da região cuja tarifa junto aos EUA seja menor, para exportação posterior ao mercado americano”, exemplifica o advogado. 

Até mesmo a opção de abrir uma operação diretamente nos EUA requer uma análise cuidadosa. “Além do tempo necessário para o início da manufatura local, o custo de produzir no mercado americano é muito mais elevado do que no Brasil, e se a empresa faz isso e depois há uma nova mudança nas políticas tarifárias, a estratégia pode não alcançar os resultados esperados”, observa Thiago Santos.

Por outro lado, buscar a via da judicialização no mercado americano é uma das ações ainda não recomendadas, devido aos altos custos envolvidos e à reduzida chance de sucesso, que pode acabar onerando duplamente as empresas.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda