Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quinta-feira (17). As cotações, por volta de 13h05 (horário de Brasília), os ganhos variavam de 7,75 a 8,50 pontos nos principais vencimentos, levando o setembro a US$ 10,13 e o novembro a US$ 10,28 por bushel.
O mercado voltou a subir na CBOT, depois de começar o dia com estabilidade, testando leves baixas, realizando lucros depois dos ganhos intensos da sessão anterior.
Os traders receberam bem os números das vendas semanais para exportação, principalmente da safra nova, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta. Foram vendidas 565 mil toneladas na semana encerrada em 10 e julho, dentro do esperado, mas sendo este o maior volume semanal da temporada 2025/26.
A China ainda não aparece entre os compradores, porém, a semana tem sido dominada pelas discussões em torno da possibilidade da nação asiática voltar a comprar dos EUA, por necessidade e dependência, não por vontade efetiva. O país asiático estaria cotando fretes marítimos para barcos da oleaginosa saindo do Goldfo direto para os seus portos.
A soja norte-americana vinha se mostrando mais barata nos últimos dias, atraindo a atenção dos compradores, em especial das estatais chinesas. Segundo especialistas, a China depende do produto dos EUA para abastecer-se até o final deste ano e, inevitavelmente, terá de olhar para o principal concorrente do Brasil. A maior parte de sua demanda, todavia, concentra-se por ainda por aqui.
Do mesmo modo, o mercado está atento à nova safra dos EUA que se desenvolve bem, ao clima favorável no Meio-Oeste americano, ao comportamento do dólar e à cena geopolítica ainda bastante turbulenta e incerta.