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Sistemas saudáveis de produção, por Afonso Peche

A busca por modelos produtivos que conciliem eficiência agrícola, preservação ambiental e sustentabilidade socioeconômica tem levado ao fortalecimento do conceito de sistemas saudáveis de produção. Esses sistemas não se restringem apenas à manutenção da produtividade das lavouras, mas se orientam por um conjunto de práticas que garantem equilíbrio ecológico, uso racional dos recursos e benefícios de longo prazo para a sociedade. Em sua essência, trata-se de compreender que a saúde do sistema produtivo depende da saúde do solo, da água, da biodiversidade e das comunidades humanas que dele fazem parte.

Três fundamentos se destacam na caracterização desses sistemas. O primeiro é a eficiência no uso dos recursos naturais, que implica empregar o solo, a água, a energia e os insumos de modo racional, evitando desperdícios e prevenindo a degradação. Essa eficiência se traduz em práticas como o plantio direto, a rotação de culturas, o manejo adequado da irrigação e a utilização de insumos biológicos, sempre buscando reduzir o passivo ambiental e maximizar o retorno do que é investido.

O segundo fundamento é a conservação ambiental, entendida como a manutenção da biodiversidade, da qualidade da água e da estrutura do solo, elementos indispensáveis para a continuidade dos serviços ecossistêmicos. Sistemas saudáveis de produção devem ser capazes de manter o equilíbrio entre áreas de uso agrícola e áreas de proteção, valorizar a vegetação nativa, estimular a diversidade de espécies cultivadas e adotar práticas que impeçam a erosão e a contaminação difusa. Essa conservação é, ao mesmo tempo, condição para a resiliência do sistema e expressão de responsabilidade intergeracional.

O terceiro fundamento é a continuidade socioeconômica, ou seja, a capacidade de assegurar produtividade, rentabilidade e bem-estar ao longo do tempo. Não basta produzir hoje se, para isso, comprometerem-se as condições de produção do amanhã. A lógica da continuidade envolve tanto a sustentabilidade financeira da atividade agrícola quanto a permanência digna das famílias no campo, garantindo inclusão social, geração de renda e qualidade de vida.

O elo que integra esses três fundamentos é a gestão do carbono. A dinâmica do carbono sintetiza as interações entre eficiência, conservação e continuidade. Quando o solo é manejado para aumentar o teor de matéria orgânica, ocorre simultaneamente maior eficiência no uso de nutrientes, fortalecimento da biodiversidade edáfica e maior capacidade de retenção de água. Da mesma forma, o sequestro de carbono atmosférico no solo contribui para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e valorizar economicamente a produção, atendendo às novas demandas de mercado e às políticas públicas ambientais.

Além disso, a gestão do carbono atua como uma métrica integradora. A emissão, o sequestro, a conservação do carbono armazenado e a comprovação de resultados permitem avaliar objetivamente o desempenho dos sistemas produtivos sob os três eixos fundamentais. Dessa forma, o carbono deixa de ser apenas um elemento químico do ciclo da vida e se torna um indicador estratégico de sustentabilidade.

Em síntese, sistemas saudáveis de produção são aqueles que unem eficiência, conservação e continuidade por meio da gestão do carbono como variável central. Eles representam o caminho para uma agricultura capaz de nutrir o presente sem esgotar o futuro, promovendo equilíbrio entre produtividade, resiliência ecológica e responsabilidade social.

* Pesquisador Científico do Instituto Agronômico de Campinas – IAC.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda