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Safra de verão no Paraná deve chegar a 24,2 milhões de toneladas

O relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, prevê que o Paraná deve colher 24,2 milhões de toneladas de grãos na safra de verão, em uma área de 6,1 milhões de hectares.

Entre os destaques, estão a soja e o milho, cuja maior parte das lavouras apresenta condições entre médias e boas. O pequeno percentual de condições ruins se deve à estiagem no início do plantio, que deixou o solo mais seco e dificultou a germinação. Mas, de maneira geral, as chuvas das últimas semanas têm contribuído para a recuperação dessas culturas, segundo o chefe do Deral, Salatiel Turra. “As chuvas mais homogêneas no Estado estão beneficiando especialmente as regiões com boa concentração de milho e soja, como o Oeste e o Sudoeste”, diz.

O milho da segunda safra apresenta uma estimativa de produção aproximadamente 14% maior do que na safra anterior, chegando a 13,4 milhões de toneladas, em uma área de 2,3 milhões de hectares. “Se as condições climáticas continuarem como estão, a tendência é que essa estimativa se concretize, e poderemos assim ter uma boa produção de milho”, explica Turra.

Com relação à soja, segundo as estimativas do departamento, devem ser produzidas 20,4 milhões de toneladas, volume 2% menor que na safra 2019/2020, mas que é bastante significativo e dentro da média para o estado.

SOJA – O plantio de soja já estava concluído e as chuvas das últimas semanas beneficiaram as lavouras. Atualmente, 77% da área têm condições boas, 19% médias e 4% ruins. O relatório deste mês mostra uma pequena redução na produção esperada no mês anterior, de aproximadamente 80 mil toneladas.

“As estimativas podem ter novas atualizações nas próximas semanas, mas as chuvas deste mês deram mais tranquilidade para o produtor”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio. Porém, embora as perspectivas para o ciclo 20/21 indiquem bons resultados, o recorde da safra 19/20 no Paraná pode não se repetir. Segundo o Deral, o volume estimado é de aproximadamente 20,4 milhões de toneladas – 2% a menos do que na safra passada -, em uma área de 5,6 milhões de hectares, 2% maior.

Em dezembro, a média do preço é de R$ 137,38 a saca de 60 quilos, o que representa bom retorno para o produtor, cobrindo os custos de produção. No mesmo período do ano passado o valor era de  R$ 77,00. O índice de comercialização chegou a 42,9%, considerado acima do normal para a época. 

MILHO PRIMEIRA SAFRA – Assim como a soja, a primeira safra de milho, que está no campo, foi beneficiada pelas chuvas das últimas semanas. Isso mantém os números em patamares de produção sem grandes oscilações neste momento, com volume estimado em 3,4 milhões de toneladas – 2% menor do que na safra passada,  em uma área de 359 mil hectares.

“Essa produção está dentro da média, pois a safra anterior havia sido recorde”, analisa o técnico Edmar Gervásio. De acordo com o Deral, as condições gerais das lavouras também estão satisfatórias, com um potencial para manter os índices de produção, especialmente se as previsões de chuva para os próximos dias se confirmarem.

Os preços apresentaram redução no último mês, de R$ 67,58 em novembro para R$ 63,59 em dezembro. A queda se deve se acentuar nas próximas semanas. “Além da redução da demanda, isso se explica porque o produtor que tem milho estocado neste momento está começando a abrir espaço para armazenar a nova safra de soja no início do ano”, diz Gervásio. Na comparação com a média de preços de dezembro do ano passado, de R$ 36,32, o aumento é de aproximadamente 75%.

MILHO SEGUNDA SAFRA – A primeira estimativa dessa safra aponta para área de 2,3 milhões de hectares, 2% superior à da safra anterior. A produção está estimada em 13,4 milhões de toneladas. “Se esse cenário se confirmar teremos uma safra relevante no Paraná, que deve abastecer o mercado”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio. Se as estimativas de área forem confirmadas, a região Norte do Estado terá a maior área, com mais de 800 mil hectares, cerca de 35% do total, seguida pelo Oeste, com 30%.

FEIJÃO PRIMEIRA SAFRA – Com o encerramento do plantio, a colheita do feijão da primeira safra atingiu 5% da área estimada em 150,4 mil hectares. A produção deve ser de 298,4 mil toneladas, uma redução de 6% com relação à safra 2019/2020, devido principalmente à estiagem. Na safra anterior, o volume produzido foi de 316,2 mil toneladas. Se o clima permanecer instável, os produtores devem ficar em alerta para uma eventual quebra. Com a redução da oferta no mercado, a previsão é de aumento do valor para os consumidores. 

Até o momento, as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento. Segundo o levantamento do Deral, 78% estão em condições consideradas boas, 20% em condições médias e 2% ruins. “As áreas que apresentam condições piores são aquelas plantadas no início da safra, quando a estiagem prejudicou o desenvolvimento da cultura”, diz o economista do Deral, Methodio Groxko.

As demais, de acordo com o técnico, mantêm as perspectivas de produção e de produtividade.

De maneira geral, o ano de 2020 foi benéfico para a comercialização do feijão. O aumento do consumo durante a pandemia, aliado à baixa demanda devido à quebra acentuada da segunda safra, resultou em preços elevados.

Em dezembro, a saca de 60 quilos de feijão-preto é comercializada por     R$ 283,30 e o feijão-cores por R$ 288,04, em média. Em dezembro do ano passado, o feijão-preto era comercializado por R$ 131,81 – e o feijão-cores por cerca de R$ 236,00. “Considerando condições climáticas normais, na medida em que avançarmos na colheita, os preços devem baixar um pouco, o que é comum para a época”, explica Groxko. 

TRIGO – No último mês, houve um recuo significativo dos preços do trigo. Atualmente, a saca de 60 quilos é comercializada por R$ 68,31, abaixo da média registrada em novembro, de R$75,37. Apesar da redução, o preço é considerado satisfatório para os produtores. Se comparado ao preço de dezembro do ano anterior, o incremento é de 45% sobre a média de R$ 47,46. A comercialização segue em patamar recorde, de 82%.

De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho, se esse valor for mantido em 2021, isso pode incentivar o plantio de mais trigo no Paraná. “Destaca-se, nesse sentido, a região Sul do Estado, onde não há competição de áreas com a segunda safra de milho, e os produtores conciliaram boas produtividades, bons preços e liquidez em 2020”, diz.

No entanto, acrescenta, a cultura de trigo é de alto risco. De acordo com ele, para um incremento de área se tornar incremento de produção é necessário que o Estado não tenha problemas com geadas e a estiagem, como as que prejudicaram parte da produção em 2020 e nas três safras anteriores.

A safra 2019/2020 resultou em uma produção de 3 milhões de toneladas. “Essa é uma oferta razoável, considerando os problemas que o Paraná enfrentou com a seca neste ano”, analisa Godinho. 

CEVADA – A colheita da cevada foi finalizada em novembro e a comercialização atingiu 100%, segundo o engenheiro agrônomo do Deral Rogério Nogueira. O relatório deste mês indica uma produção de 272 mil toneladas, volume 6% superior ao da safra 2018/2019, em uma área de 64 mil hectares. Neste mês, a média de preços ficou em R$ 84,32 a saca de 60 quilos, cerca de 40% maior na comparação com dezembro do ano passado.

MANDIOCA – A safra da mandioca chegou ao final e as condições para colheita neste período estão boas, segundo o economista do Deral Methodio Groxko. Os preços apresentaram redução porque muitas indústrias que utilizam a fécula estão entrando em recesso nesse período do ano.

Os preços da tonelada estão em R$ 416,00 neste mês, contra R$ 411,00 em dezembro do ano passado. A nova safra deve iniciar no final de janeiro. A expectativa é que as indústrias passem a utilizar mais fécula no próximo ano, fazendo com que os preços subam novamente.

VBP – O Deral também atualizou as previsões para o Valor Bruto da Produção (VBP) relativos à safra 2019/2020 para as culturas analisadas no relatório deste mês, que devem ter um incremento significativo. O VBP de 2019, que superou R$ 40 bilhões na soma dessas culturas, deve passar de R$ 54 bilhões no VBP 2020, segundo a técnica Larissa Nahirny.

“O que alavancou esse rendimento foi o preço da soja, que teve uma produção bastante expressiva, 26% superior à da safra anterior. Somente para esta cultura, o VBP está estimado em R$ 29 bilhões”, explica a técnica. O trigo também teve incremento de produção e preços. Com isso, o rendimento deve superar R$ 3,5 bilhões.

Apesar da redução na produção, os bons preços vão garantir um favorável rendimento para as culturas do milho e do feijão. A safra de milho deve somar R$ 11 bilhões de faturamento, enquanto o feijão pode ultrapassar R$ 2 bilhões. “A questão cambial no último ano beneficiou as commodities de modo geral, o que reflete no VBP”, completa a técnica do Deral.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda