A colheita da segunda safra de milho avança nas principais regiões agrícolas do Centro-Oeste e Sul do Brasil, mas os produtores ainda enfrentam desafios. Em Maringá (PR), onde mais de 70% da colheita já foi realizada, José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural local, destaca a produtividade elevada, que chega a cerca de 110 sacas por hectare, sinalizando um desempenho positivo para a região. “Os resultados são animadores, com a colheita bastante adiantada e produtiva, gerando boas perspectivas para os agricultores,” comenta Borghi.
No Mato Grosso do Sul, a colheita atingiu 42,7% da área, um ritmo significativamente inferior ao do ano passado, quando já havia colhido 77%. Segundo André Dobashi, vice-presidente da Aprosoja/MS, apesar da lentidão, a produtividade continua favorável, porém os preços pressionados, em torno de R$ 45 por saca, preocupam os produtores. “O cenário exige cautela, com um avanço mais lento da colheita e valores que dificultam a sustentabilidade financeira das propriedades,” alerta Dobashi.
Em Nova Mutum (MT), onde a colheita do milho foi concluída, Paulo Zen, presidente do Sindicato Rural local, aponta para os desafios que já se desenham para a safra de soja 25/26. “Os produtores iniciam o planejamento, mas enfrentam custos elevados, que devem subir cerca de 30%, além de dificuldades no acesso ao crédito, fatores que podem impactar a produção futura,” explica Zen.
Diante desses diferentes cenários, o setor agrícola segue em constante adaptação para superar os obstáculos e garantir a sustentabilidade e produtividade nas próximas safras.