Os preços do café fecharam a sessão desta quarta-feira (03) com ganhos moderados nas bolsas internacionais.
Segundo o Barchart, a preocupação com a menor oferta global de café consolidaram as altas. Nesta 4ª feira a Organização Internacional do Café (OIC) informou que as exportações globais em julho caíram 1,6%, para 11,6 milhões de sacas, e as exportações acumuladas de outubro a julho caíram 0,3%, para 115,615 milhões de sacas.
De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, a colheita da safra de 2025 está terminando em todas as regiões produtoras do Brasil, e os números confirmam uma quebra no volume produzido de arábica bem maior do que o inicialmente previsto. O padrão climático continua imprevisível, com secas, chuvas irregulares e frentes frias que trouxeram neste inverno geadas e queda de granizo em cafezais das principais regiões produtoras, afastando a possibilidade de uma safra recorde em 2026.
A colheita de 2025 na região da Alta Mogiana, em São Paulo, está chegando ao fim com um saldo preocupante para os produtores. Muitos produtores relatam que a quebra de produtividade chegou a 20 ou 30% em relação às expectativas iniciais.
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Segundo informações do portal internacional Bloomberg, os preços também permanecem vulneráveis a oscilações bruscas, diante a incerteza em relação às tarifas americanas, que continua a pesar no mercado futuro.
Os importadores americanos paralisaram as compras de café brasileiro a partir do início da cobrança da taxa de 50%, imposta pelo governo americano, conforme relatou o presidente do Conselho Deliberativo do Cecafé, Márcio Ferreira.
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Em NY, o arábica fecha o dia com ganho de 305 pontos nos vencimentos de setembro/25 e março/26 no valor de 385,25 cents/lbp e 361,80 cents/lbp, e um aumento de 330 pontos negociado por 373,65 cents/lbp no de dezembro/25.
Já o robusta registra alta de US$ 8 no valor de US$ 4,610/tonelada no contrato de setembro/25, um avanço de US$ 55 cotado por US$ 4,454/tonelada no de novembro/25, e uma valorização de US$ 54 no valor de US$ 4,371/tonelada no de janeiro/26.
Mercado Interno
De acordo com informações da Safras & Mercado, o mercado físico brasileiro teve uma quarta-feira de poucos negócios, uma vez que a bolsa de NY terminou com alto, enquanto o dólar recuou frente ao real. Diante dos posicionamentos opostos, os produtores tendem a ficar mais retraídos, aguardando um movimento mais favorável por parte dos referenciais.
Nas áreas acompanhadas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 registrou variações mistas, com uma baixa de 2,15% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.271,00/saca, um aumento de 1,28% em Franca/SP no valor de R$ 2.370,00/saca, e um avanço de 0,88% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.300,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra com baixa de 2,07% em Guaxupé/MG cotado por R$ 2.369,00/saca, e um ganho de 0,85% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.360,00/saca.