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Preços internacionais pressionam produtores brasileiros de milho

O cenário global do milho segue desafiador e deve impactar diretamente o produtor brasileiro nos próximos ciclos. De acordo com Enilson Nogueira, analista de mercado da Céleres Consultoria, um dos fatores é o aumento da oferta dos americanos, confirmado por dados recém-divulgados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que projetam produtividade média do milho em 188,8 bushels por acre (1 acre = 4.046,86 m² ou 0,405 hectare) e colheita de 16,742 bilhões de bushels (ou 425,3 milhões de toneladas) do grão.

Além disso, os estoques finais americanos, que devem ser de 53,8 milhões de toneladas, também pressionam as cotações internacionais. Para o especialista, a leitura para este segundo semestre é de que os preços internacionais, em função dos fatores citados, devem permanecer apertados. “Este cenário reforça ainda mais o desafio para 2026, que deve ser mais um ano em que o produtor precisará olhar com muita atenção para o elemento da geração de margem”, destaca.

Custos e planejamento

Segundo Nogueira, o planejamento já começa a ganhar corpo entre os produtores que estão fechando os custos para a safra de verão e, sobretudo, para a de inverno do ciclo 2025/26. “Acho importante reforçar os desafios que teremos para o próximo ciclo. Isso passa, em primeiro lugar, por uma busca de eficiência operacional e produtiva, ou seja, produzir mais com menos — e também por ganhos de assertividade na gestão. Uma boa estratégia de compra de insumos e de comercialização do milho será fundamental”, explica.

Pressões internas

Além da pressão internacional, fatores domésticos também exigem atenção. Entre eles, a elevação dos juros no Brasil, que encarece o crédito para o setor rural. “Estamos com juros elevados, e o segmento agrícola não ficou de fora desse movimento de alta. Portanto, é preciso muito cuidado com financiamentos e investimentos não planejados, ou que não apresentem retorno claro”, reforça Nogueira.

Outro ponto estratégico é o câmbio. A moeda brasileira, que tem se mantido na faixa de R$ 5,40 a R$ 5,50 por dólar, ainda assegura competitividade nas exportações de grãos. No entanto, uma eventual valorização pode comprometer as margens. “O câmbio segue sendo um aspecto central. Ainda temos um nível atrativo de preços quando olhamos para soja, milho e outras culturas. Porém, a possibilidade de valorização do real exige atenção no planejamento de vendas, na geração de margens e na gestão de caixa do produtor rural no ciclo de 2026”, pontua o analista da Céleres.

Eficiência como chave

Para Nogueira, a palavra-chave para o sucesso no próximo ciclo é eficiência. “Um aspecto importante, dentro da ideia de eficiência, é que justamente em períodos de margens menores a necessidade de ‘produzir mais com menos’ ganha relevância”, afirma. Assim, segundo ele, é necessário fomentar entre os produtores a utilização das tecnologias disponíveis, buscar ganhos de produtividade e se posicionar bem do ponto de vista do pacote tecnológico. “Isso será um diferencial para atravessar esse período de margens extremamente apertadas”, conclui.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda