Os preços do café iniciam a semana trabalhando em lados opostos nas bolsas internacionais. O mercado segue oscilando bastante, monitorando a oferta global e o clima nas principais áreas cafeeiras do Brasil.
Com 96% da área colhida no fim de agosto, a Conab reduziu sua estimativa para a produção brasileira de café na safra 2025/2026, contabilizando agora um total de 55,2 milhões de sacas. Mas, a falta de chuvas prolongadas entre o final de 2024 e o início de 2025 impactou diretamente o desenvolvimento das lavouras de arábica, o que ocasionou uma redução de 11,2% da produção da variedade para este ano em comparação à safra anterior. Já para o robusta, a estimativa é de crescimento de 37,2% em relação a safra/24.
Segundo relatório da Hedgepoint, os preços estão sendo sustentados por preocupações com a oferta de curto prazo e compras especulativas, especialmente após a queda nos estoques certificados de arábica em meio às tarifas de 50% dos EUA sobre o grão brasileiro.
“A demanda por Robusta pode aumentar nos próximos meses devido aos atuais níveis de arbitragem e temores de escassez de arábica”, completa ainda o documento.
Perto das 9h20 (horário de Brasília), o arábica seguia com alta de 135 pontos no valor de 386,95 cents/lbp no vencimento de setembro/25, e um aumento de 315 pontos nos de dezembro/25 e março/26 negociado por 376,80 cents/lbp e 364,45 cents/lbp.
O robusta apresentava alta de US$ 94 no valor de US$ 4,562/tonelada no contrato de setembro/25, uma queda de US$ 8 cotado por US$ 4,301/tonelada no de novembro/25, e uma perda de US$ 1 no valor de US$ 4,237/tonelada no de janeiro/26.