Os preços do café passaram a avançar em mais de 2% nos futuros mais próximos no início da tarde desta segunda-feira (08). O mercado segue oscilando bastante, monitorando a oferta global e o clima nas principais áreas cafeeiras do Brasil.
Segundo relatório da Hedgepoint, os preços estão sendo sustentados por preocupações com a oferta de curto prazo e compras especulativas, especialmente após a queda nos estoques certificados de arábica em meio às tarifas de 50% dos EUA sobre o grão brasileiro. “Apesar da grande produção do robusta no Brasil e na Indonésia na safra 25/26, os agricultores brasileiros ainda permanecem distantes do mercado, redirecionando mais vendas para a indústria nacional. Enquanto isso, os suprimentos na Indonésia são mais escassos do que no início da temporada. A demanda por Robusta pode aumentar nos próximos meses devido aos atuais níveis de arbitragem e temores de escassez de arábica”, explica a analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, Laleska Moda.
De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, o mercado monitora as chuvas e floradas irregulares. “Existe previsão de chuvas apenas para a segunda quinzena do mês de setembro no Brasil. A estiagem segue castigando as principais regiões produtoras e, caso a estiagem persistir, os efeitos na próxima safra 26/27 já serão sentidos, e as floradas que já estão acontecendo poderão abortar”, completou o analista.
Perto das 12h20 (horário de Brasília), o arábica trabalhava com ganho de 1.175 pontos no valor de 397,35 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um aumento de 900 pontos negociado por 382,65 cents/lbp no de dezembro/25, e um avanço de 875 pontos no valor de 370,05 cents/lbp no de março/26.
Já o robusta registrava alta de US$ 94 no valor de US$ 4,562/tonelada no contrato de setembro/25, uma valorização de US$ 82 cotado por US$ 4,391/tonelada no de novembro/25, e um ganho de US$ 87 no valor de US$ 4,325/tonelada no de janeiro/26.
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