Os preços do açúcar encerraram a terça-feira (12) em alta nas bolsas de Nova Iorque e Londres, marcando a quarta sessão consecutiva de valorização. O movimento é sustentado por preocupações com a produtividade da cana no Brasil e sinais de menor oferta no mercado global.
Em Nova Iorque, o contrato outubro/25 avançou 0,45 cent (alta de 2,73%), fechando a 16,94 cents/lbp. O março/26 subiu 0,42 cent (+2,45%), para 17,55 cents/lbp. O maio/26 ganhou 0,39 cent (+2,32%), a 17,21 cents/lbp, enquanto o julho/26 terminou o dia cotado a 17,06 cents/lbp, alta de 0,38 cent (+2,28%).
Na Bolsa de Londres, o outubro/25 disparou US$ 11,30 (+2,38%), encerrando a US$ 486,20 por tonelada. O dezembro/25 avançou US$ 11,00 (+2,35%), para US$ 479,40 por tonelada. O março/26 subiu US$ 10,80 (+2,29%), a US$ 483,20 por tonelada, e o maio/26 ganhou US$ 9,90 (+2,09%), fechando a US$ 483,00 por tonelada.
Segundo análise da Bloomberg, o avanço dos contratos futuros reflete preocupações com a fraca produtividade da cana-de-açúcar no Brasil, o que pode reduzir a oferta. A estimativa de produção para a safra 2025/26 foi revisada para um intervalo entre 39 milhões e 40 milhões de toneladas, abaixo da projeção anterior de 41 milhões de toneladas, afirmou Rahil Shaikh, diretor-gerente da trading Meir Commodities India Pvt.
Ele ressaltou que a seca generalizada nos estágios iniciais do desenvolvimento da lavoura prejudicou a produtividade. Além disso, Shaikh destaca que a demanda física do Paquistão também está apoiando o mercado.
A Bloomberg também citou análise da Covrig Analytics, segundo a qual as reservas de açúcar do Brasil devem somar 9,3 milhões de toneladas em 31 de agosto, abaixo das 10,1 milhões registradas no mesmo período do ano passado. “O Brasil não tem estoques excessivos”, disse Claudiu Covrig, analista da consultoria.
Para a Covrig Analytics, uma alta mais acentuada nos preços dependerá de “evidências claras e confiáveis de que a colheita brasileira é significativamente menos robusta” do que indicam os relatórios atuais da Unica.