A segunda-feira (15) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
A análise da Agrinvest aponta que o cereal sentiu a pressão da proximidade de uma colheita recorde de milho nos Estados Unidos. Além disso, a queda dos futuros do farelo também ajudou a puxar as cotações do cereal para o negativo na abertura desta semana, já que ambos competem no mercado de alimentação animal.
“O milho dos Estados Unidos segue como a opção mais barata na exportação, o que tem mantido o bom apetite dos compradores internacionais”, destacam os analistas da consultoria.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,23 com desvalorização de 6,75 pontos, o março/26 valeu US$ 4,41 com baixa de 6,25 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,51 com queda de 5,75 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,57 com perda de 6 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (12), de 1,57% para o dezembro/25, de 1,40% para o março/26, de 1,26% para o maio/26 e de 1,40% para o julho/26.
Mercado Interno
Para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) a segunda-feira também foi de movimentações negativas.
As cotações do cereal na B3 seguiram a força negativa vinda do mercado internacional, com as desvalorizações da CBOT, e os movimentos de queda do dólar ante ao real neste início de semana.
Já no mercado spot, os analistas da Agrinvest destacam que os preços seguem firmes diante da postura mais comedida nas vendas por parte do produtor e da boa demanda interna, especialmente pelas usinas de etanol.
“No Mato Grosso o etanol subiu 0,73% e em Goiás 0,6% na última semana. A margem líquida de processamento do etanol de milho segue muito positiva. Em Lucas do Rio Verde a MLP está em R$ 28,98/saca com etanol a R$ 2,84/litro e DDG a 110% do milho. Já em Rio Verde a conta aponta MLP de R$ 21,39/saca com etanol a R$ 2,72/litro e mesmas condições para o DDG”, apontam.
Do lado das exportações, os resultados de setembro estão similares aos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 3.055.389,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até aqui no mês, o que já corresponde a 47,57% do volume total exportado em setembro de 2024, que foi de 6.421.949,9 toneladas. A média diária de embarques nestes 10 primeiros dias úteis do mês está em 305.539 toneladas, um recuo de 0,1% frente às 305.807,1 toneladas por dia útil registradas no ano passado.
Na opinião do analista de mercado da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, as exportações brasileiras estão avançando dentro da sazonalidade, mesmo que o Brasil não seja, neste momento, uma origem muito competitiva.
“Para a comercialização andar mais precisamos de um dia, por exemplo, de elevação de 10 pontos na bolsa, ou se a gente tiver alguma disparada de dólar por alguns motivos, seja político ou econômico. Tudo isso passa a ser pontos relevantes para o mercado conseguir destravar essa comercialização”, afirma Nogueira.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,01 com queda de 0,14%, o novembro/25 valeu R$ 67,36 com desvalorização de 1,23%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 70,45 com baixa de 0,98% e o março/26 teve valor de R$ 72,90 com perda de 0,40%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve poucas movimentações neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações somente nas praças de São Gabriel do Oeste/MS e Itapetininga/SP.