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O desafio da mão de obra no Agro e além, por Ruy Toledo Piza

Sempre que me mostram um novo projeto, especialmente no setor agropecuário, inevitavelmente começo a pensar: e a mão de obra?
Dias atrás, resolvi fazer uma comparação mental entre aqueles problemas clássicos que tanto ouvíamos e estudávamos na infância no Brasil e os desafios que enfrentamos atualmente. Muitos dos problemas seguem entre os “grandes hits”: má qualidade de serviços públicos básicos como saúde e educação, carência generalizada de infraestrutura, desigualdade social e, é claro, a corrupção.

Por outro lado, alguns desafios do passado praticamente desapareceram, como a emblemática Dívida Externa e a relação tensa com o FMI, temas que ocupavam as manchetes frequentemente. Em contrapartida, novas preocupações passaram a ganhar protagonismo: o agravamento da segurança pública em diversas regiões, o surgimento de crimes virtuais e o crescimento de facções criminosas.

Além disso, fenômenos climáticos extremos agora impactam todas as regiões do Brasil. Antigamente, falava-se sobretudo da conhecida seca do Nordeste. Hoje, os efeitos de eventos climáticos, como El Niño e La Niña, têm se alternado e ocupado as manchetes ao provocarem secas severas, picos de temperatura e grandes enchentes em diferentes partes do país.

Mas existe um problema com crescente destaque e causa de grande preocupação: a falta de mão de obra.

Meus pais são fazendeiros “raiz”, daqueles que moram e operam na fazenda, exercendo diversas atividades, como a pecuária leiteira e de corte, além da agricultura. E qual é a maior preocupação deles? Mão de obra.

Recentemente, fui a uma festa de parentes em uma fazenda no Mato Grosso do Sul, e a reclamação era a mesma. Conheci pessoas que desistiram de tocar a fazenda e optaram por arrendar suas terras simplesmente porque não conseguem manter mão de obra suficiente e qualificada.

Em muitos casos, as fazendas dependem de um núcleo de funcionários antigos que “seguram a bronca” enquanto o índice de turnover (rotatividade) entre os mais jovens é altíssimo. Essa “turma da velha guarda” é muitas vezes mais resistente às mudanças e enfrenta dificuldades para lidar com novas tecnologias, mas acaba sendo o porto seguro de muitos produtores.

E esse não é um problema específico do campo. A reclamação é generalizada. Minha esposa, por exemplo, trabalha com eventos e frequentemente comenta que a idade média dos garçons está cada vez mais alta.

Existem inúmeros estudos e opiniões sobre a origem da escassez de mão de obra, mas, entre tantos fatores complexos, deixo aqui um dado simples para reflexão: Na década de 1950, a Taxa de Fecundidade Total (TFT) no Brasil girava em torno de 6,2 filhos por mulher.Já em 2010, essa taxa havia caído para cerca de 1,9 filhos por mulher.

Essa queda demográfica drástica tem impactos diretos sobre o mercado de trabalho, ao reduzir o número de jovens entrando no mercado e, em consequência, limitar a oferta de mão de obra nos mais variados setores.

Uma sugestão para o futuro

Longe de apresentar uma reflexão aprofundada para esse problema crescente, deixo aqui uma modesta sugestão a quem quer empreender: cerquem-se de profissionais capacitados para atrair, treinar e reter mão de obra, especialmente antes de iniciar qualquer nova atividade, seja no Agro ou em outros setores.

Afinal, diante de um cenário cada vez mais desafiador, as pessoas continuarão sendo o maior diferencial competitivo de qualquer empreendimento.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda