Os preços do milho terminaram a terça-feira (5) em queda, tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago. Os futuros do cereal negociados na bolsa brasileira terminaram o dia com perdas de 0,7% a 1,9% entre as posições mais negociadas, levando o setembro a R$ 65,72 e o janeiro a R$ 71,38 por saca. O março/26 foi a R$ 75,00.
Segundo explicaram os analistas da Agrinvest Commodities, as baixas em Chicago ajudaram a pressionar as cotações na B3 nesta terça, bem como o cenário atual dos fundamentos. “A colheita do milho safrinha etsá perto do fim no Mato Grosso e já passa de dois terços a nível nacional. Contudo, os embarques ainda seguem lentos. As nomeações até cresceram nos últimos dias, mas os embarques não acompanharam, mantendo pressão sobre exportadores”.
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Além disso, ainda segundo os especialistas, o milho norte-americano se mostra mais competitivo do que o brasileiro neste momento, o que também deixa a demanda um pouco mais contida no mercado nacional, ao menos por enquanto.
“Após um leve movimento de reação, as cotações domésticas do milho voltaram a cair na última semana. a pressão veio sobretudo da ausência de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com os avanços da colheita de segunda safra. Além disso, as exportações estão menores em relação ao ano passado e ainda muito distantes do estimado pela Conab”, trouxe ainda a nota semanal do Cepea.
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Ainda nesta terça-feira, o dólar registrou um dia de estabilidade frente ao real, terminou o dia com R$ 5,51 e foi mais um fator limitador para os preços na B3.
BOLSA DE CHICAGO
No mercado internacional, os futuros do milho terminaram a terça-feira (5) com baixas de 4,50 a 5,50 pontos nos contratos mais negociados. Assim, o setembro finalizou o pregão com US$ 3,81 e o dezembro com US$ 4,02 por bushel.
O mercado segue pressionado pelos fundamentos, em especial pelo bom desenvolvimento da safra 2025/26 dos Estados Unidos. “O clima segue favorável, com calor e tempo aberto, acelerando o desenvolvimento das lavouras. As chuvas são esperadas dentro da normalidade para os próximos dias. Neste cenário, o USDA pode revisar para cima a produtividade do milho no relatório de 12 de agosto”, explica a Agrinvest Commodities.
O novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) chega na próxima semana e isso também faz com que os traders mantenham sua cautela antes da divulgação dos novos números.