A quarta-feira (27) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
Segundo a análise da Agrinvest, as cotações do cereal na CBOT receberam influência negativa das desvalorizações do trigo. O cereal trabalhou próximo das mínimas de cinco anos diante das expectativas de uma safra global recorde acima de 800 milhões de toneladas.
A própria projeção de uma supersafra de milho nos Estados Unidos também traz pressão adicional ao mercado. Outro fator de baixa destacado pelos analistas da consultoria é a manutenção das condições de lavouras de milho nos EUA no relatório de segunda-feira do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), enquanto o mercado esperava deterioração da safra.
O vencimento setembro/25 era cotado a US$ 3,82 com desvalorização de 5 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,06 com queda de 3,5 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,23 com baixa de 3,25 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,33 com perda de 3 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (26), de 1,29% para o setembro/25, de 0,85% para dezembro/25, de 0,76% para o março/26 e de 0,69% para o maio/26.
Mercado Brasileiro
Para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3), a quarta-feira foi de movimentações em campo misto e poucas flutuações ao longo do pregão.
Os analistas da Agrinvest apontam que, mesmo diante da proximidade do fim da colheita da segunda safra (que já está em 95% das áreas), os preços do milho seguem firmes no spot com produtores distantes dos negócios e priorizando as vendas de soja da safra velha e da nova.
“A margem está ruim para o milho e isso tem tornado e farmer selling mais lento”, destaca a consultoria.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,72 com queda de 0,60%, o novembro/25 valeu R$ 69,86 com alta de 0,20%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,03 com ganho de 0,28% e o março/26 teve valor de R$ 73,60 com elevação de 0,26%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve ganhos e perdas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas Eldorado/MS e Campinas/SP, enquanto as valorizações apareceram somente em Castro/PR, Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS.