A quarta-feira (1) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, as cotações do cereal acompanharam as altas registradas pela soja neste pregão, depois que o presidente dos Estados Unidos publicou informação sobre o encontro com o líder da China e que a soja seria o principal tópico da conversa agendada para o início de novembro.
Os analistas da consultoria destacam ainda que o milho norte-americano segue com níveis de preços muito atrativos na exportação, atraindo a demanda de compradores asiáticos. “O milho brasileiro segue distante de ser competitivo em diversos destinos e o milho argentino também continua caro”.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,16 com valorização de 1 ponto, o março/26 valeu US$ 4,32 com ganho de 0,75 ponto, o maio/26 foi negociado por US$ 4,42 com alta de 1 ponto e o julho/26 teve valor de US$ 4,50 com elevação de 1 ponto.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (30), de 0,24% para o dezembro/25, de 0,17% para o março/26, de 0,23% para o maio/26 e de 0,22% para o julho/26.
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho encerraram om pregão desta quarta-feira com resultados em campo misto.
Os analistas da Agrinvest apontam que o milho brasileiro continua caro na exportação, embora os preços no FOB tenham recuado diante da redução do custo logístico, especialmente em praças que o milho pode ser escoado via ferrovia.
“Mesmo assim, com as usinas de etanol pagando níveis acima da paridade de exportação, o milho teria que cair cerca de R$ 4,00 ou R$ 5,00 por saca para se tornar viável na exportação, algo que dificilmente vai acontecer”, pondera a consultoria.
A análise da SAFRAS & Mercado relata que o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de estabilidade nas cotações. “Os agentes devem manter o quadro de cautela registrado nas últimas semanas. Os principais formadores de preço registrando queda, além disso, também devem limitar a comercialização”.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, após uma terça-feira com os estoques divulgados pelo USDA, com a Bolsa de Chicago caindo e com as cotações fracas no porto, o mercado interno não avançou. “O produtor está tentando segurar a oferta e o comprador procura preços mais baixos”, afirma.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 65,56 com alta de 0,43%, o janeiro/26 valeu R$ 68,25 com queda de 0,15%, o março/26 foi negociado por R$ 71,12 com perda de 0,13% e o maio/26 tinha valor de R$ 69,81 com baixa de 0,07%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve poucas alterações neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Jataí/GO, Rio Verde/GO e São Gabriel do Oeste/MS, e percebeu valorização no Porto de Santos/SP.