Após a recuperação no fechamento de ontem, o mercado do açúcar volta a perder fôlego nesta quarta-feira (15). Na sessão anterior, os preços chegaram a precificar uma queda expressiva, atingindo 14 cents de dólar por libra-peso. Contudo, com a recuperação, o mercado conseguiu se estabilizar em 15 cents, patamar que segue sendo negociado nesta manhã, mesmo com as quedas registradas. Em Nova Iorque, os contratos futuros para março de 2026 estão cotados a 15.62 cents por libra-peso, com uma queda de 1.64%, enquanto os contratos para maio de 2026 estão em 15.11 cents (-1.69%) e os de julho de 2026 a 14.96 cents (-1.64%). Já em Londres, o contrato para dezembro de 2025 está cotado a US$443.40 por tonelada, também com recuo de 1.64%.
A safra brasileira segue para seus passos finais, com parte significativa das usinas do Centro-Sul encerrando atividades ao final de outubro e início de novembro. Não há rendimento o suficiente da safra para estender os manejos de colheito e alguns analistas passam a considerar uma possível “morte súbita”.
Dados da Plataforma de Benchmarking do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apontam uma queda de 6,5% na produtividade média da cana-de-açúcar na região Centro-Sul nesta safra, em comparação com a safra anterior. No acumulado de abril a setembro, a produtividade média alcançou 77,7 toneladas por hectare, 5,5 toneladas a menos que as 83,2 t/ha registradas no mesmo período da safra passada.
Em setembro, a produtividade média foi praticamente estável em relação ao mesmo mês do ciclo anterior, com 71,9 t/ha contra 70,4 t/ha. No entanto, a qualidade da cana, medida pelo Açúcar Total Recuperável (ATR), apresentou retração de 0,8%, passando de 154 kg/tonelada em setembro de 2024 para 152,7 kg/tonelada no mesmo mês deste ano.
No acumulado da safra, o ATR médio está em 134 kg por tonelada, abaixo dos 136,8 kg ATR/t registrados no ciclo anterior. Esses números reforçam os desafios enfrentados pelo setor sucroenergético, que lida com condições climáticas adversas e impactos diretos na produtividade e na qualidade da matéria-prima.