Os preços do açúcar apresentaram leve recuperação nesta segunda (28), mas ainda de olho nas expectativas de aumento da oferta global. Em Londres, o contrato para outubro/25 subiu 0,40%, cotado a US$ 472,90 por tonelada. Já em Nova York, o vencimento para o mesmo mês está em 16.40 cents de dólar por libra-peso, alta de 0,68%, enquanto o março/26 em alta de 0,47% e é negociado a 17.01 cents/lb.
A valorização parcial ocorre mesmo após notícia veiculada pela Bloomberg, de que a Índia pode autorizar exportações de açúcar a partir de outubro, início da próxima temporada. O Departamento Meteorológico da Índia informou que as chuvas acumuladas das monções estão 6% acima da média, o que aumenta as perspectivas de uma safra abundante e reforça o sentimento de pressão nos preços internacionais.
Além disso, a produção brasileira também pressiona os preços. A consultoria Datagro destacou que o clima seco no país tem favorecido o ritmo de colheita, com usinas direcionando uma fatia maior da cana à produção de açúcar, mais rentável do que o etanol.
Nos portos brasileiros, o volume de açúcar aguardando embarque também aumentou. Segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil, até 23 de julho havia 76 navios na fila de carregamento, ante 75 na semana anterior. O total agendado para embarque chega a 3,340 milhões de toneladas, acima dos 3,094 milhões registrados anteriormente.
Segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a receita diária média com exportações de açúcar e melaços em julho é de US$ 70,03 milhões, com 14 dias úteis computados até o momento. O volume médio diário embarcado é de 167,5 mil toneladas. Ao todo, foram exportadas 2.344.724 toneladas, gerando US$ 980,4 milhões em receita, a um preço médio de US$ 418,10/tonelada.