Em agosto, a rentabilidade da manga tommy no Vale do São Francisco (BA/PE) esteve acima da registrada pela palmer. No geral, a produção de ambas variedades no Vale foi inferior em agosto deste ano frente ao mesmo período de 2024, devido às menores produtividades, que, por sua vez, tiveram, neste mês, médias de 25,8 t/ha para palmer e de 17,8 t/ha para tommy. Quanto aos custos, colaboradores do Hortifrúti/Cepea não relataram grandes alterações, se mantendo próximos ao registrados em julho. Portanto, com ambas variedades enfrentando queda de produtividade e manutenção dos custos, o preço de comercialização foi o fator determinante para a diferença de rentabilidade entre as variedades. Para a tommy, a oferta mais restrita em agosto, em especial nas últimas semanas, fez com que o preço médio superasse em 36% o mês anterior. Já para palmer, houve queda de 26% na cotação média. Diante disso, a rentabilidade da tommy para os produtores do Vale foi de R$ 1,02/kg, valor 85% superior ao último mês. Já para palmer, o recuo citado dos preços refletiu em uma rentabilidade 60% menor no mesmo comparativo, ficando próximo de R$ 0,44/kg. Para os próximos meses, mesmo com um provável aumento na produtividade, as margens financeiras dos mangicultores podem ficar mais restritas para ambas as variedades, em decorrência do possível avanço na oferta nacional, que tende a pressionar os valores de negociação da fruta.