PEQUIM (Reuters) – Pelo menos mais três pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas no norte da China, informou a mídia estatal na terça-feira, elevando para 13 o número de mortos nas recentes tempestades na região, com cinco pessoas ainda desaparecidas e sem previsão de diminuição das chuvas.
Chuvas mais fortes do que o normal têm assolado partes da China em condições climáticas extremas desde julho, com as chuvas de monções do leste asiático paralisadas no norte e no sul do país.
Três corpos foram retirados das águas da enchente na cidade de Ordos, na Mongólia Interior, informou a agência oficial de notícias Xinhua, enquanto três pessoas foram dadas como desaparecidas a cerca de 70 km de distância, perto das margens do Rio Amarelo.
A chuva de segunda-feira foi a primeira das três previstas para os próximos dias, segundo o noticiário da televisão.
Ela despejou mais de 204 mm de chuva em menos de 24 horas no distrito onde os corpos foram encontrados, ou seja, mais do que o dobro da média mensal de agosto, segundo as autoridades meteorológicas.
No sábado, uma enchente repentina depois que um rio transbordou nas pastagens da região matou pelo menos 10 pessoas, arrastando 13 campistas nos arredores da cidade de Bayannur, cerca de 350 km a noroeste de Ordos.
Uma dessas pessoas foi resgatada, mas duas estão desaparecidas.
As equipes de resgate estão procurando pessoas desaparecidas em Ordos, em uma área que também fica próxima a um dos centros de terras raras da China, a cidade de Baotou.
Chuvas fortes e inundações severas, que os meteorologistas associam à mudança climática, representam grandes desafios para as autoridades, ameaçando sobrecarregar as defesas contra inundações, deslocar milhões de pessoas e causar perdas econômicas que chegam a bilhões.
(Reportagem de Joe Cash e Shi Bu)