Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) – As taxas dos DIs oscilaram pouco nesta segunda-feira, com apenas algum movimento mais acentuado nos vértices mais longos, conforme os investidores navegaram por uma sessão de agenda esvaziada nos cenários externo e doméstico.
No fim da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 estava em 13,935%, ante o ajuste de 13,965% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,275%, ante o ajuste de 13,271%.
Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,555%, ante 13,5% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,735%, ante 13,672%.
A expectativa dos investidores domésticos já era de um primeiro pregão do mês de baixa volatilidade devido ao fechamento do mercado dos Estados Unidos por conta do feriado do Dia do Trabalho, o que excluiu a influência tradicional dos rendimentos dos Treasuries sobre a curva de juros brasileira.
A cena doméstica também não apresentou fatores importantes para moldar as decisões de negócios dos agentes financeiros, com um noticiário local fraco e sem a divulgação de dados econômicos oficiais.
Os pequenos ajustes observados em algumas taxas futuras ocorreram mais como um posicionamento para o resto da semana, que deve, por outro lado, fornecer uma série de elementos para serem avaliados pelos investidores.
O destaque da terça-feira ficará por conta da publicação dos números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre, quando o mercado procurará por sinais do efeito da política monetária restritiva do Banco Central, que tem mantido a taxa Selic em 15% ao ano.
Mais cedo, analistas ajustaram para baixo suas estimativas para a inflação neste ano e no próximo, mostrou a pesquisa Focus do BC, mas isso também não parece ter mexido nas taxas dos DIs.
Os agentes também ficarão de olho no início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o que pode alterar a percepção de risco político sobre o país.
No cenário externo, a expectativa está voltada para sexta-feira, quando o governo norte-americano divulgará seu relatório de emprego para o mês de agosto, o que pode influenciar os próximos passos do Federal Reserve.