BUENOS AIRES (Reuters) – O Urgara, sindicato de inspetores de grãos da Argentina, disse nesta terça-feira que continua negociando com empresas agroexportadoras, em momento em que a greve da organização, que começou no mês passado e já dura 28 dias, dificulta as operações em alguns portos agrÃcolas do paÃs.
A entidade deu inÃcio à greve em 9 de dezembro, junto a sindicatos de trabalhadores do setor de oleaginosas, por motivos salariais. Os empregados do segmento de oleaginosas chegaram a um acordo com as empresas no final do mês passado, mas o diálogo entre os inspetores de grãos e a Câmara de Portos Privados e Comerciais (CPPC) continua.
Os inspetores são trabalhadores técnicos que analisam as cargas de grãos nos portos do paÃs, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. A paralisação afeta as operações de alguns terminais, embora sua presença no polo agroportuário de Rosario não seja tão forte.
“Seguimos com o protesto, hoje são 28 dias”, disse à Reuters o subsecretário de imprensa do Urgara, Juan Carlos Peralta, que destacou que os membros do sindicato realizarão uma nova reunião com representantes da CPPC na noite desta terça-feira, em busca de uma resolução do conflito.
Segundo Peralta, a medida de força do Urgara afeta as operações do T6, um terminal de grãos operado em conjunto pela Bunge e pela argentina AGD no norte de Rosario, as atividades da Cargill e Louis Dreyfus na cidade de BahÃa Blanca e a instalação da Cofco International em Lima.
A CPPC confirmou a informação fornecida pelo Urgara sobre a operação dos portos.
(Reportagem de Maximilian Heath)