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Ibovespa recua puxado por Vale e Petrobras; tarifas dos EUA seguem no radar

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Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa abriu a semana em clima de cautela, marcando sua sexta queda consecutiva nesta segunda-feira, com as blue chips Vale e Petrobras entre as principais pressões e diante de novas ameaças tarifárias do presidente norte-americano, Donald Trump.

Dados da atividade econômica doméstica piores do que o esperado também pesaram sobre o índice, com o IBC-Br, visto como um sinalizador do PIB, interrompendo quatro meses seguidos de expansão e registrando em maio sua primeira contração no ano, versus expectativa de estabilidade em pesquisa da Reuters.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,65%, a 135.298,99 pontos, alcançando 134.839,69 pontos na mínima e 136.186,67 pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$18,82 bilhões.

Depois de anunciar tarifas contra a União Europeia e o México no final de semana, Donald Trump ameaçou nesta segunda-feira impor sanções aos compradores de petróleo russo, a menos que a Rússia aceite um acordo de paz em 50 dias, gerando novas tensões nos mercados e pressionando os preços da commodity.

As pressões comerciais mais recentes de Trump refletiram nos preços do petróleo, que caíram mais de US$1 no mercado externo.

“Tudo isso resultou num pregão meio lento, com investidores um pouco avessos a grandes movimentos no mercado financeiro”, disse o analista Felipe Sant’Anna, do Axia Investing. “A gente está tentando precificar o que está acontecendo… ver para onde devemos olhar neste momento.”

Em Nova York, contudo, os índices de ações resistiram à nova rodada de ameaças do republicano e fecharam em alta, após uma abertura mista. Investidores mantiveram suas convicções diante de uma semana agitada, marcada por indicadores econômicos e pelo início da temporada norte-americana de resultados corporativos.

No Brasil, a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos seguiu sob os holofotes. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará ainda nesta segunda decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade.

“Hoje… prevaleceu o sentimento de cautela”, resumiu o sócio fundador da Veedha Investimentos, Rodrigo Tonon, chamando atenção para além das tarifas, a audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo, na terça-feira, em meio ao impasse em torno da tentativa do governo de elevar a cobrança do IOF.

DESTAQUES

– VALE ON recuou 1,14%, na contramão dos futuros do minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, encerrou as negociações do dia com alta de 0,26%, a 766,5 iuanes (US$106,92) a tonelada. Na noite de sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) disse que o setor pode reavaliar para baixo seus investimentos no Brasil até 2029, em razão das tarifas de 50% de Trump sobre produtos brasileiros. Se confirmadas, disse o instituto, as tarifas afetarão “significativamente a indústria da mineração nacional”.

– PETROBRAS PN caiu 1,32%, seguindo a queda dos preços do petróleo no mercado internacional, onde o barril de Brent fechou com variação negativa de 1,63%, com agentes financeiros digerindo as ameaças de Trump de impor sanções a compradores de petróleo russo, que podem afetar a oferta global. No setor, PETRORECONCAVO ON cedeu 0,9%. Na contramão, PRIO ON avançou 0,4% e BRAVA ENERGIA ON subiu 2,02% — esta última tendo no radar anúncio de emissão de até R$3 bilhões em debêntures simples para amortizar dívidas.

– BRF ON caiu 4,55%, no segundo pregão seguido de baixa. O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, anunciou que encerrou sua participação na BRF, antecipando possíveis impactos negativos decorrentes da eventual incorporação de BRF e MARFRIG ON, que encerrou com estabilidade. As empresas realizariam nesta segunda assembleia para deliberar sobre a fusão, mas tiveram a AGE adiada, ainda sem uma nova data. No setor, MINERVA ON recuou 2,42%.

– ITAÚ UNIBANCO PN apresentou retração de 0,17%, enquanto BTG PACTUAL UNIT cedeu 0,56%, BANCO DO BRASIL ON caiu 2,18%, e SANTANDER BRASIL UNIT recuou 2,05%. Na ponta positiva, BRADESCO PN fechou com valorização de 0,37%.

– EMBRAER ON caiu 0,89%, sem conseguir manter o sinal positivo observado no começo do pregão, marcando seu sexto pregão consecutivo de queda. O setor aeroespacial é apontado como um dos mais suscetíveis às tarifas impostas por Trump, já que os EUA representam uma fatia significativa da receita da fabricante brasileira de aeronaves.

– HAPVIDA ON avançou 3,03%, interrompendo uma sequência de cinco sessões no vermelho. Analistas do Itaú BBA reiteraram no domingo recomendação “outperform” para a ação, projetando um rendimento do fluxo de caixa livre para o acionista de 10% em 2025 e 11% em 2026.

– ALLIANÇA SAUDE ON, que não está no Ibovespa, subiu 6,33%, após avançar até 10,41% no melhor momento, na esteira de anúncio da compra de sociedades do Grupo Meddi por cerca de R$252 milhões, com parte significativa da transação sendo paga por meio da entrega de ações, enquanto o valor remanescente será diferido ao longo de cinco anos. Em fato relevante, a empresa disse que o baixo nível de endividamento do Grupo Meddi contribui diretamente para o fortalecimento do balanço da companhia, reduzindo sua alavancagem consolidada.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda