Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa tinha oscilações modestas nesta quarta-feira, com Petrobras ajudando do lado positivo em dia de alta do petróleo no exterior, enquanto bancos buscam uma trégua após fortes perdas com ruídos sobre potenciais desdobramentos envolvendo movimentos do STF após decisões recentes dos Estados Unidos.
Por volta de 10h50, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha elevação de 0,17%, a 134.657,06 pontos, após cair mais de 2% na véspera. O volume financeiro somava R$2,28 bilhões.
Investidores também aguardam a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve, quando a taxa de juros permaneceu na faixa de 4,25% a 4,50%, mas houve dissidências de dois importantes membros do banco central norte-americano, que queriam um corte.
Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, cedia 0,49%.
Na visão da equipe da Ágora Investimentos, ainda que o Ibovespa já tenha caído bastante na véspera, o cenário externo “não sugere que hoje será um dia de ajustes positivos por aqui, especialmente se considerarmos as incertezas e indefinições que rondam o cenário político e diplomático (no Brasil)”.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN era negociada em alta de 0,83%, em meio ao avanço dos preços do petróleo no exterior, com o barril do Brent mostrando elevação de 1,16%. PETROBRAS ON subia 1,11%.
– ITAÚ PN subia 0,19%, BRADESCO PN avançava 0,57% e SANTANDER BRASIL UNIT subia 0,85%, após fortes perdas na véspera, com preocupações envolvendo potenciais desdobramentos da decisão do ministro Flávio Dino, do STF, e suas implicações ante a aplicação de sanções dos EUA. BANCO DO BRASIL ON cedia 0,4%, sem conseguir sustentar um sinal positivo, mesmo após tombo de 6% na terça-feira.
– VALE ON cedia 0,32% tendo como pano de fundo a fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou as negociações diurnas com declínio de 0,19%.
– RANDONCORP PN, que não faz parte do Ibovespa, avançava 2,31% após divulgar que a receita líquida em julho somou R$1,2 bilhão, crescimento de 13,5% sobre um ano antes, no maior resultado mensal obtido pela companhia.