A terça-feira (12) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando fortes movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O principal fator negativo que atuou sob as cotações neste pregão foi a divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira, ampliando ainda mais a projeção de produção de milho nos EUA.
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Agora, o país deve colher 425 milhões de toneladas, número que é 23 milhões de toneladas acima das últimas projeções e classificado pela Royal Rural como o maior aumento da história em um único relatório.
“O milho sofre pressão imediata. Com oferta tão abundante, o mercado deve enfrentar preços mais pesados no curto prazo, salvo algum evento climático inesperado ou explosão nas exportações”, destaca a consultoria.
Os estoques finais também subiram 20 milhões de toneladas, indo agora para 53 milhões, ficando acima do esperado pelo mercado e fazendo o cereal renovar as mínimas na CBOT, conforme destacado pela análise da Agrinvest.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,71 com desvalorização de 13,50 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 3,94 com perda de 13,25 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,12 com baixa de 13 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,23 com queda de 11,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (11), de 3,51% para o setembro/25, de 3,25% para o dezembro/25, de 3,06% para o março/26 e de 2,70% para o maio/26.
Mercado Brasileiro
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho também finalizaram as atividades do pregão desta terça-feira no campo negativo da tabela.
De acordo com a análise da Agrinvest, as cotações do cereal na B3 acompanharam a derrocada dos preços na CBOT e também recuaram. Outro fator de baixa nesta terça-feira foi a queda do dólar ante ao real nas movimentações cambiais.
“A projeção de grande oferta da safra americana deve estimular o andamento do programa de exportação dos Estados Unidos e com isso, implicar na continuidade de um fraco ritmo de exportações brasileiras”, apontam os analistas da consultoria.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 64,75 com queda de 0,84%, o novembro/25 foi negociado por R$ 66,86 com perda de 1,12%, o janeiro/26 teve valor de R$ 69,97 com baixa de 1,02% e o março/26 valeu R$ 73,20 com desvalorização de 1,21%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também sofreu revezes neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Nonoai/RS. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Sorriso/MT, Eldorado/MS, Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP.