Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (16) em forte baixa nas bolsas internacionais, pressionados pelos novos dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Em Nova Iorque, o outubro/25 recuou 0,36 cent (-2,26%), cotado a 15,54 cents/lbp. O março/26 caiu 0,29 cent (-1,75%), negociado a 16,27 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,31 cent (-1,91%), fechando em 15,90 cents/lbp, enquanto o julho/26 também recuou 0,30 cent (-1,87%), para 15,77 cents/lbp.
Em Londres, o dezembro/25 desabou US$ 6,70 (-1,44%), encerrando a US$ 459,10/tonelada. O março/26 recuou US$ 6,40 (-1,40%), a US$ 451,50/tonelada. O maio/26 caiu US$ 5,60 (-1,22%), negociado a US$ 451,60/tonelada, enquanto o agosto/26 fechou em queda de US$ 5,30 (-1,16%), cotado a US$ 451,10/tonelada.
A Unica informou nesta terça-feira que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de agosto aumentou 18% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 3,872 milhões de toneladas. O mix de produção ficou 54,2% voltado ao adoçante. Apesar do avanço frente à safra passada, o percentual mostra recuo em comparação à quinzena anterior, quando o mix havia alcançado 55%.
“O mix de produção destinado ao açúcar atingiu 54,2% nos últimos quinze dias de agosto, registrando recuo ante os 55,0% verificados na quinzena anterior. Embora o índice de Açúcar Total Recuperável (ATR) não tenha atingido o pico verificado no mesmo período do ano passado, os dados sugerem restrições operacionais de capacidade nesse patamar de ATR e ajustes na estratégia de alocação da matéria-prima entre a produção de etanol e açúcar em algumas unidades“, destacou o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues.
No acumulado da safra 2025/2026 até 1º de setembro, a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil atingiu 403,94 milhões de toneladas, o que equivale a uma retração de 4,78% em relação ao ano anterior. O teor de açúcares totais recuperáveis (ATR) atingiu 149,79 kg por tonelada de cana-de-açúcar durante a quinzena, 3,87% abaixo dos 155,82 kg por tonelada registrados no mesmo período do ano passado, segundo o comunicado. Entretanto, com um mix mais favorável ao açúcar, a produção acumulada do adoçante até agosto apresenta uma redução de 1,9%, com total de 26,76 milhões de toneladas.
