Em dia de relatório do USDA milho salta em Chicago com apoio da demanda internacional
A sexta-feira (12) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O mercado aguardava a divulgação dos relatórios de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que trouxeram indicações de aumento na área plantada nos EUA, redução na produtividade, aumento na produção do país e leve recuo nos estoques finais.
Na visão de Enilson Nogueira, analista da Céleres Consultoria, diante dessa “salada de frutas” de números, o que pesou mais foi a indicação de demanda forte pelo cereal norte-americano.
“O mercado já vinha desde cedo com altas de 3 ou 4 cents antes do relatório e depois da divulgação chegou a registrar altas de até 10 cents nos principais vencimentos”, diz.
Daqui pra frente, Nogueira acredita que a balança entre os fatores baixistas de uma oferta recorde e os elementos altistas de uma demanda robusta devem seguir comandando o mercado, pelo menos no curto prazo.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,99 com estabilidade, o dezembro/26 valeu US$ 4,30 com valorização de 10,25 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,47 com alta de 10 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,57 com elevação de 9,5 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), de 2,44% para o dezembro/25, de 2,29% para o março/26 e de 2,12% para o maio/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,87% para o dezembro/25, de 2,41% para o março/26 e de 2,18% para o maio/26, além de estabilidade para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (5).

Mercado Interno
Já os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) tiveram mais um pregão de movimentações lateralizadas nesta sexta-feira.
O analista da Céleres Consultoria explica que a pressão de uma grande safrinha colhida no Brasil e o dólar operando na faixa dos R$ 5,40 estão trazendo pressão ao mercado, mesmo em um momento sazonal onde seria esperado uma elevação das cotações.
“Era esperado que ao longo de agosto e setembro o mercado tivesse alguma reação até pensando em sazonalidade e as exportações que bem ou mal estão rodando. Ainda assim, ainda vemos um excesso de milho relevante no mercado interno para ser consumido até a gente ver reações mais relevantes nos preços do milho”.
Neste cenário, o produtor brasileiro tem optado por permanecer fora do mercado e não avançar tanto com as vendas. “A gente viu um produtor mais agressivo nas vendas pré-colheita entra abril e maio. Quando o produtor viu que ia ter uma safra boa ele teve mais participação no mercado. No ano passado quem vendeu mais no final do mês conseguiu preços melhores e nesse ano o produtor está olhando no retrovisor para isso que aconteceu”, diz Nogueira.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho não registrou flutuações neste último dia da semana, de acordo com o levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,10 com queda de 0,12%, o novembro/25 valeu R$ 68,20 com alta de 0,43%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 71,15 com elevação de 0,42% e o março/26 teve valor de R$ 73,19 com perda de 0,07%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram baixas de 0,41% para o setembro/25, de 0,04% para o janeiro/26 e de 0,44% para o março/26, além de ganho de 0,18% para o novembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (5).
