A quinta-feira (4) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
Os principais vencimentos operaram durante boa parte do pregão no campo negativo da CBOT, seguindo uma fraqueza da soja diante da aproximação da entrada da safra norte-americana, a ausência de compras da soja e pressão do petróleo.
Porém, as cotações reverteram e fecharam o dia com elevações impulsionadas por dados positivos vindos da demanda por milho dos Estados Unidos.
Conforme reportado pelo site internacional Barchart, os dados semanas de etanol mostraram um total de 1,075 milhão de barris produzidos na semana, um aumento de 5 mil barris em relação à semana anterior.
Já os dados de exportação mostraram 6,224 milhões de toneladas embarcadas em julho, sendo o segundo maior total registrado para o mês e 16,82% acima do ano passado. Os embarques para o ano comercial completo somam agora 66,132 milhões de toneladas nos primeiros 11 meses.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,99 com valorização de 2 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,19 com alta de 1,75 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,37 com ganho de 1,5 ponto e o maio/26 teve valor de US$ 4,47 com elevação de 1,5 ponto.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (3), de 0,5% para o setembro/25, de 0,42% para o dezembro/25, de 0,34% para o março/26 e de 0,34% para o maio/26.
Mercado Brasileiro
Já na Bolsa Brasileira (B3), a quinta-feira foi mais um dia de movimentações no campo misto, com a maior parte dos vencimentos registrando recuos ao final do pregão.
A análise da Agrinvest destaca as quedas da B3 em contraponto aos preços no físico que seguem firmes sustentados pela forte demanda das usinas de etanol. “Atualmente a demanda projetada é de 24 milhões de toneladas para a safra 2025/26 iniciada em abril”.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ressalta que a B3 está trabalhando dentro da faixa entre R$ 65,00 e R$ 73,00 nos últimos dias.
“Os parâmetros da B3 não mudaram muito de segunda-feira até agora. A B3 também não está tendo motivação de estímulo de alta porque o mercado de porto não está conseguindo pagar mais com o dólar mais estável na semana. Então a B3 está técnica e levemente negativa”, relata Brandalizze.
As exportações brasileiras de milho finalizaram o mês de agosto com resultados superiores aos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 6.848.668,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) no mês, o que corresponde a 12,95% acima do volume exportado em agosto de 2024, que foi de 6.063.155,3 toneladas.
A média diária de embarques ficou em 326.127,1 toneladas, um avanço de 13% frente às 275.598 toneladas por dia útil registradas no ano passado.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,35 com alta de 0,15%, o novembro/25 valeu R$ 68,67 com queda de 0,46%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 71,61 com baixa de 0,36% e o março/26 teve valor de R$ 73,65 com ganho de 0,07%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve mais elevações do que quedas neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT, enquanto as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, São Gabriel do Oeste/MS e Eldorado/MS.