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Déficit de armazenagem de grãos no Brasil exige R$ 102 bilhões em investimentos, estima Itaú BBA

O déficit de armazenagem no Brasil frente às sucessivas safras recordes de grãos exige investimentos expressivos em novos armazéns, especialmente nas regiões onde a produção cresce mais rápido que a infraestrutura. Segundo estudo do Itaú BBA, seriam necessários cerca de R$ 102 bilhões para eliminar o déficit atual. O custo de construção de silos no país subiu de R$ 700 por tonelada em 2019 para cerca de R$ 1.100 em 2025.

Em 2025, a capacidade estática nacional alcançou 213 milhões de toneladas, aumento de apenas 0,5% em relação a 2024, enquanto a produção de soja e milho cresce cerca de 6% ao ano desde 2010. Atualmente, existem 11.921 unidades armazenadoras ativas espalhadas pelo país, com o Mato Grosso sendo líder em capacidade, com 52 milhões de toneladas, e o Rio Grande do Sul detendo o maior número de instalações, com 3.278.

A logística de transporte agrava o cenário. Cerca de 60% dos grãos são transportados por rodovias, com fretes elevados e gargalos frequentes durante o pico da safra. O trecho rodoviário de Mato Grosso até o Porto de Santos custa aproximadamente USD 84 por tonelada, representando 73% dos custos totais de envio até a China.

Segundo o relatório, a falta de armazenagem adequada obriga o produtor a vender rapidamente e com deságio, comprometendo sua renda e poder de negociação. Pesquisas mostram que 41% dos produtores com armazém próprio obtiveram ganhos de 6% a 20% em suas vendas, ao poderem escolher o melhor momento para comercializar a produção.

Apesar dos avanços, o déficit de armazenagem é notório. Apenas o Mato Grosso apresenta um déficit de 51% em relação à produção dos dois principais grãos, enquanto estados como Rondônia chegam a 75%. Em regiões de fronteira agrícola, como o MATOPIBA, a falta de espaço para armazenar também é crítica, atingindo até 60% de déficit.

Quando comparado aos Estados Unidos, o Brasil apresenta desvantagem significativa. A capacidade americana é de 615 milhões de toneladas, quase três vezes maior, e 65% dessa capacidade está dentro das fazendas, contra apenas 17% no Brasil. Isso faz com que os produtores brasileiros dependam mais de armazéns externos e estejam sujeitos a maiores pressões logísticas e comerciais durante a safra.

“O Brasil precisa de investimentos maciços, políticas públicas mais robustas e condições de crédito mais favoráveis para modernizar e expandir sua infraestrutura de armazenagem, condição essencial para que o agronegócio nacional mantenha competitividade e acompanhe o ritmo do aumento da produção”, conclui Francisco Queiroz, especialista da Consultoria Agro do Itaú BBA.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda