O mercado do açúcar opera em alta nesta quarta-feira, com o contrato de outubro/25 em Nova Iorque cotado a 16,50 cents de dólar por libra-peso (+0,55%) e o de março/26 a 17,20 cents (+0,53%). Em Londres, o açúcar branco para outubro/25 avançou 0,57%, sendo negociado a US$ 490,90 por tonelada.
O mercado internacional reage após o último levantamento de safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que revisou para baixo a estimativa de produção de açúcar do Brasil na temporada 2025/26, reduzindo em 3,1% em relação à previsão de abril, para 44,5 milhões de toneladas. No centro-sul, principal região produtora do país, a projeção caiu para 40,6 milhões de toneladas (-2,8% frente à estimativa anterior).
Apesar dos preços atuais ficarem rondando entre 16 e 17 cents, as usinas brasileiras conseguiram fixar preços em patamares maiores ao longo do ano passado. Dessa forma, a entrega de açúcar segue em alta, mesmo diante de uma moagem mais limitada. Na visão da Conab, a produção de cana-de-açúcar é estimada em 668,8 milhões de toneladas no país, desse montante, 609,8 milhões no centro-sul. O relatório cita como fatores de queda os eventos climáticos adversos ocorridos em 2024, incluindo focos de incêndio, irregularidade hídrica e temperaturas elevadas.
A área plantada deve crescer 1%, chegando a 8,85 milhões de hectares, mas a produtividade média cai 2,1%, para 75,575 kg por hectare. O Açúcar Total Recuperável (ATR), indicador de qualidade da matéria-prima, também registrou redução de 2,8%. Mesmo assim, se confirmadas as projeções, a produção de açúcar será a segunda maior da série histórica, atrás apenas da safra 2023/24, quando foram produzidas 45,68 milhões de toneladas.