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Com estratégia coordenada, carne bovina brasileira tem mercado interessante nos EUA

O Brasil é, hoje, um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, com presença consolidada em mercados como China, Egito, Emirados Árabes, Chile e Estados Unidos. A abertura e manutenção do mercado americano representam não apenas um avanço comercial, mas uma oportunidade estratégica para consolidar o país como um dos principais fornecedores da cadeia global de proteína animal.

Em 2024, foram exportadas 2,89 milhões de toneladas, movimentando US$ 12,8 bilhões, segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Os americanos foram responsáveis pela compra de 229 mil toneladas, somando US$ 1,35 bilhão, especialmente cortes do dianteiro bovino, destinados à indústria de processados. Trata-se de um mercado altamente técnico, exigente em critérios sanitários e de rastreabilidade, mas com um potencial de expansão significativo, especialmente para o pecuarista que entende a dinâmica de agregação de valor por segmento.

Apesar da abertura parcial do mercado americano para a carne bovina in natura do Brasil em 2020, o tipo de corte exportado continua posicionado majoritariamente como commodity. Os principais destinos dentro dos EUA são indústrias de processamento alimentar: fabricantes de hambúrgueres, pratos prontos congelados, refeições rápidas e produtos embutidos. Não é, portanto, a carne que chega à gôndola do supermercado com selo de origem brasileira, nem aquela que vai à mesa dos restaurantes gourmet em Nova York ou Chicago.

Essa realidade decorre de dois fatores principais: a percepção do consumidor americano, muitas vezes bairrista, em relação ao gado brasileiro e a lógica de competitividade dos custos. O nosso boi, criado majoritariamente a pasto, apresenta características de carcaça e marmoreio distintas do gado confinado nos Estados Unidos. Ainda assim, sua carne é valorizada por ser livre de hormônios, com baixo teor de gordura, alto rendimento e excelente custo-benefício, ideal para o uso industrial.

Esse modelo se encaixa perfeitamente na estratégia comercial americana. Eles fornecem substituir parte da produção interna, que é mais cara, pela carne brasileira para abastecer seu mercado doméstico industrial. Ao mesmo tempo, reservamos a carne bovina premium local para exportações com maior valor agregado, como para Japão, Coreia do Sul e Europa.

Barreiras tarifárias e conjuntura política

Apesar do bom desempenho, o Brasil ainda enfrenta questões comerciais importantes. A cota atual de exportação de carne bovina brasileira para os EUA sem tarifa de importação é extremamente limitada, representando menos de 1% da capacidade de importação dos EUA. Todo o excedente está sujeito a tarifas de 26,4%, o que reduz drasticamente a competitividade do nosso produto frente a países como Austrália, México e Uruguai, que possuem acordos comerciais mais específicos com os americanos.

Um recente aumento de políticas e tarifas impacta diretamente o setor. No entanto, entendo que essas barreiras são conjunturais e que os Estados Unidos têm mais a perder do que o Brasil no médio e longo prazo. Ao limitar a entrada de carne brasileira — mais barata, com qualidade industrial excelente —, os EUA passam a depender de sua produção interna para abastecer esse segmento. Isso pressionou os custos da indústria de alimentos, podendo refletir na inflação no consumo interno e prejudicando o próprio consumidor americano.

Além disso, há uma expectativa de que o cenário político evolua. Uma eventual mudança de governo nos EUA , especialmente com a volta de uma gestão mais homologada ao agronegócio, como a de Donald Trump, pode facilitar as renegociações de cotas e redução de tarifas, criando espaço para um novo patamar na relação comercial bilateral.

Diante desse cenário, o pecuarista brasileiro precisa enxergar as indústrias dos EUA não como um destino de produto gourmet, mas como um dos mercados mais promissores do planeta. A carne de bovino dianteira, especialmente cortes como acém, paleta, peito e costela, historicamente subvalorizados no mercado interno, encontra alta demanda e valorização nas indústrias americanas. É uma ótima oportunidade!

Contudo, para aproveitar esse potencial, é fundamental investir em três pilares. O primeiro é a rastreabilidade e conformidade sanitária: cumprir critérios rigorosos de controle sanitário, bem-estar animal e certificações de origem, garantindo acesso e competitividade no mercado internacional. Depois, eficiência produtiva: adoção de boas práticas de manejo, nutrição e genética, para garantir uniformidade e padronização dos cortes. E, por último, mas não menos importante, parcerias estratégicas com indústrias exportadoras, como o Grupo Ramax, que atua diretamente no abate, desossa e fornecido de proteína para o mercado externo, otimizando a conexão entre o campo e o mercado internacional.

O sucesso das exportações do Brasil para os Estados Unidos depende da visão estratégica e da ação coordenada entre produtores, indústria e governo. Temos a oportunidade de nos consolidarmos como o principal fornecedor das indústrias alimentícias americanas, substituindo produtos de alto custo por proteína de qualidade, com preços mais competitivos.

Não se trata apenas de vender carne: trata-se de entender o papel do Brasil dentro da cadeia global de valor da proteína animal. E, nesse sentido, temos a estrutura, o rebanho, o know-how e a vocação para sermos parceiros estratégicos dos Estados Unidos — mesmo diante de encontros momentâneos.

O Grupo Ramax aposta fortemente nesse mercado. Seguimos ampliando nossa capacidade industrial e logística para atender à crescente demanda internacional, e convidamos o pecuarista brasileiro a caminhar nessa direção. O futuro da carne brasileira está além da porteira, e o mercado americano é um dos caminhos mais promissores para chegarmos lá.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda