A tranquilidade da manhã foi deixada de lado e os preços da soja passaram a cair de forma um pouco mais agressiva na Bolsa de Chicago no início da tarde desta terça-feira (19), acompanhando as baixas fortes do óleo. Segundo explica a Agrinvest Commodities, os futuros do derivado estão nas mínimas de três meses, pressionando os preços do grão.
“A pressão vem pela derrocada do petróleo, com o mercado precificando a possibilidade de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia”, afirmam os analistas da consultoria. “Os Estados Unidos estão intermediando as negociações para o fim da guerra no Mar Negro e o mercado acredita que isso pode flexibilizar as sanções sobre o petróleo russo e seus derivados”.
Assim, por volta de 12h50 (horário de Brasília), as cotações do óleo de soja perdiam mais de 2,5%, com o dezembro valendo 51,89 cents de dólar por libra-peso. No mesmo momento, os preços do petróleo brent e WTI cediam cerca de 0,9%, com valores de US$ 62,09 e US$ 66,05 por barril, respectivamente.
Nesta esteira, as baixas entre os futuros da soja em grão variavam de 8,75 a 9,50 pontos nos principais vencimentos, levando o setembro a US$ 10,11 e o novembro a US$ 10,31 por bushel.
Com ambientes já conhecidos, os traders voltam a esperar por novas e frescas notícias que possam movimentar as cotações, as quais voltaram a atuar em uma espécie de “zona de conforto”. A informação mais aguardada pelos traders agora é sobre a possibilidade de um acordo entre China e EUA e o impacto dele sobre as compras de soja por parte da nação asiática no mercado norte-americano.
Do mesmo modo, depois dos últimos números do USDA, o mercado olha agora para os dados que chegam do Pro Farmer Crop Tour. Os trabalhos foram iniciados ontem pelos estados de Ohio e Dakota do Sul, indicando grandes produtividades de soja e milho em ambos os estados. Nesta terça, estão sendo percorridos os estados de Indiana e Nebrasksa. As estimativas nacionais serão reportadas ao final da semana.
