Rich Asplund, analista da Barchart, destaca que os preços do açúcar permanecem sob pressão devido à perspectiva de maior produção de açúcar no Brasil.
O analista lembra que, na última sexta-feira, a Unica informou, por exemplo, que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de agosto aumentou 16% em relação ao ano anterior, para 3.615 toneladas.
Segundo Asplund, a Covrig Analytics relatou recentemente que as usinas de açúcar do Brasil estão priorizando a produção de açúcar em detrimento do etanol, moendo mais cana para a produção de açúcar.
De acordo com o analista, a expectativa é que essa tendência continue com o pico da colheita, impulsionada por safras de cana mais secas, o que leva as usinas a produzir mais açúcar.
Impactos da Índia e da Tailândia – A perspectiva de maior produção de açúcar na Índia, o segundo maior produtor mundial, é, segundo Asplund, pessimista para os preços.
Ele cita que em 2 de junho, a Federação Nacional das Fábricas Cooperativas de Açúcar da Índia projetou que a produção de açúcar da Índia em 2025/26 aumentaria 19% a/a para 35 milhões de toneladas.
Já a perspectiva de aumento da produção de açúcar na Tailândia, terceiro maior produtor de açúcar do mundo e o segundo maior exportador desta commodity, é, de acordo com o analista, pessimista para os preços do açúcar.
Em 2 de maio, o Escritório do Conselho de Cana e Açúcar da Tailândia informou, por exemplo, que a produção de açúcar da Tailândia em 2024/25 aumentou 14% em relação ao ano anterior, para 10,00 MMT.