Os preços do açúcar caíram nesta terça-feira (5) nas bolsas de Nova York e Londres, devolvendo os ganhos da sessão anterior, em meio à crescente expectativa de aumento da oferta global. O mercado foi pressionado por notícias que indicam tanto maior potencial de exportação da Índia quanto avanço da produção no Brasil.
Segundo o portal Barchart, o Departamento Meteorológico da Índia informou que as chuvas de monções acumuladas até 4 de agosto somam 500,8 mm — volume 4% acima da média histórica para o período. Com esse cenário, aumenta a possibilidade de recuperação da produção de cana no país. Na semana passada, a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia informou que pretende solicitar autorização do governo para exportar até 2 milhões de toneladas de açúcar na safra 2025/26.
Além do quadro indiano, o Barchart também destacou que a perspectiva de maior produção no Brasil colabora para a pressão sobre os preços. De acordo com a consultoria Datagro, as condições de clima seco têm favorecido o ritmo de moagem no Centro-Sul do Brasil, e as usinas vêm priorizando a produção de açúcar em detrimento do etanol, por ser mais lucrativa neste momento.
Na ICE Futures, em Nova York, o açúcar bruto teve recuo generalizado. O contrato outubro/25 caiu 0,16 cent (-0,99%) e fechou cotado a 16,09 cents por libra-peso. O março/26 perdeu 0,13 cent (-0,77%), encerrando a 16,75 cents/lbp. O maio/26 cedeu 0,12 cent (-0,72%) e foi negociado a 16,50 cents/lbp, enquanto o julho/26 recuou 0,09 cent (-0,54%), finalizando o dia a 16,43 cents/lbp.
Em Londres, os preços do açúcar branco também fecharam no vermelho. O contrato outubro/25 caiu US$ 5,20 (-1,11%), negociado a US$ 463,60 por tonelada. O dezembro/25 recuou US$ 3,90 (-0,84%) e fechou a US$ 458,10 por tonelada. O março/26 perdeu US$ 3,60 (-0,78%), encerrando a US$ 462,40 por tonelada, enquanto o maio/26 foi cotado a US$ 464,30 por tonelada, sem variação percentual no dia.