Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (10) em baixa nas bolsas internacionais, acumulando perdas semanais superiores a 2% em Nova Iorque e acima de 1% em Londres. O movimento de correção ocorre após as recentes altas e reflete a retomada de um cenário mais favorável para a oferta global do adoçante.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 recuou 16 pontos, cotado a 16,10 cents/lbp (-0,98%). O maio/26 caiu 16 pontos, para 15,62 cents/lbp (-1,01%), o julho/26 perdeu 15 pontos, fechando a 15,49 cents/lbp (-0,96%), e o outubro/26 recuou 15 pontos, a 15,68 cents/lbp (-0,95%).
Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 encerrou o dia a US$ 450,40 por tonelada, queda de US$ 0,70 (-0,16%). O março/26 caiu US$ 2,80, para US$ 447,50 por tonelada (-0,62%), o maio/26 recuou US$ 2,50, a US$ 447,60 por tonelada (-0,56%), e o agosto/26 perdeu US$ 2,40, cotado a US$ 445,80 por tonelada (-0,53%).
Na comparação com o fechamento da sexta-feira anterior (03), as cotações acumularam recuos expressivos. Em Nova Iorque, o março/26 caiu 2,25%, o maio/26 2,31%, o julho/26 2,21% e o outubro/26 2,43%. Em Londres, as perdas foram de 1,55% para o dezembro/25, 1,73% para o março/26, 1,80% para o maio/26 e 1,91% para o agosto/26.
A semana foi marcada por uma sequência de quatro sessões negativas, influenciada principalmente por movimentos de realização de lucros e expectativas de maior produção global. A projeção divulgada pela Covrig Analytics, estimando um excedente mundial de 4,1 milhões de toneladas em 2025/26, deu início à sequência de quedas.
Nesta sexta-feira, o recuo expressivo do petróleo também contribuiu para a pressão sobre o açúcar. A queda do petróleo reduz a atratividade do etanol, podendo levar as usinas a direcionar mais cana para a produção de açúcar, ampliando a oferta. Nas semanas anteriores, o mercado havia reagido positivamente à informação da Unica de que o açúcar vinha perdendo competitividade frente ao etanol no interior do Brasil.
Segundo o portal Barchart, a desvalorização do real frente ao dólar também pesou sobre os preços internacionais. A moeda mais fraca estimula as exportações brasileiras de açúcar, aumentando o volume ofertado no mercado externo.