Os preços do açúcar fecharam em baixa nesta segunda-feira (18) nas bolsas de Nova Iorque e Londres, devolvendo parte dos ganhos da semana passada, quando as preocupações com a safra brasileira haviam sustentado uma recuperação das cotações. O movimento refletiu uma perspectiva mais positiva da oferta do adoçante no Brasil, em meio à preferência pela produção de açúcar em detrimento do etanol pelas usinas brasileiras.
Em Nova Iorque, o contrato outubro/25 recuou 0,19 cent (-1,16%), cotado a 16,25 cents/lbp. O março/26 caiu 0,17 cent (-0,99%), para 16,96 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,15 cent (-0,89%), fechando a 16,69 cents/lbp, enquanto o julho/26 encerrou a 16,61 cents/lbp, queda de 0,14 cent (-0,84%).
Na Bolsa de Londres, o outubro/25 caiu US$ 4,50 (-0,94%), cotado a US$ 476,70 por tonelada. O dezembro/25 recuou US$ 4,00 (-0,85%), para US$ 469,40 por tonelada. O março/26 perdeu US$ 4,10 (-0,86%), fechando a US$ 471,80 por tonelada, e o maio/26 encerrou o pregão a US$ 471,90 por tonelada, baixa de US$ 3,90 (-0,82%).
De acordo com o Barchart, a pressão negativa nesta segunda-feira decorreu da melhora nas expectativas para a produção do Brasil, já que o mix de moagem segue mais favorável ao açúcar em detrimento do etanol. A consultoria europeia Covrig Analytics destacou que as usinas brasileiras vêm priorizando a fabricação do adoçante, sobretudo com a chegada do pico da safra, beneficiada por condições climáticas mais secas.
No relatório mais recente divulgado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) na sexta-feira (15), foi informado que a destinação da cana para a produção de açúcar atingiu 54,10% na segunda quinzena de julho, frente a 50,32% no mesmo período de 2024, reforçando o direcionamento das usinas para o adoçante em detrimento do biocombustível.