Por Sruthi Shankar e Pranav Kashyap
(Reuters) – As ações europeias caíram nesta terça-feira, pressionadas por novos temores sobre as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China e por uma queda acentuada da Michelin, enquanto os investidores permaneciam de olho na França.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,4%, reduzindo algumas perdas depois de atingir uma mínima de quase duas semanas na sessão.
O índice automotivo teve queda de 2,5%, com a Michelin caindo 8,9% depois de cortar suas perspectivas para o ano inteiro. A fabricante alemã de autopeças Continental perdeu 4,3%, enquanto a fabricante italiana de pneus Pirelli recuou 1,2%.
As ações francesas reduziram as perdas da sessão, fechando em queda de 0,2%.
O primeiro-ministro francês, Sebastien Lecornu, ofereceu adiar a reforma previdenciária até depois da eleição presidencial de 2027, cedendo à pressão dos parlamentares de esquerda em uma tentativa de reforçar sua frágil posição política.
A medida ocorre no momento em que a França enfrenta sua mais profunda crise política em décadas, com sucessivos governos minoritários tentando aprovar orçamentos de redução de déficit em um Parlamento dividido em três campos ideológicos beligerantes.
Na frente comercial, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou na sexta-feira impor tarifas de 100% sobre os produtos chineses em retaliação às restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras. Embora Trump tenha aliviado a retórica durante o fim de semana, as tensões persistiram quando os dois países começaram a cobrar novas taxas portuárias sobre os transportadores marítimos nesta terça.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,10%, a 9.452,77 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,62%, a 24.236,94 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,18%, a 7.919,62 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,22%, a 42.075,66 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,29%, a 15.586,40 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,02%, a 8.228,32 pontos.