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Brasil deve produzir e exportar mais algodão em 2019

Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM

Após o recorde de 2,1 milhões de toneladas de pluma na safra 2017/2018, a produção brasileira de algodão deve chegar a 2,5 milhões de toneladas no ciclo 2018/2019, um crescimento de, aproximadamente, 19%. A área plantada com a commodity deverá ser 22% maior no período, saindo dos atuais 1,18 milhão de hectares para 1,44 milhão de hectares. Os dados foram consolidados ontem (26/09), durante a 52ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, realizada na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. Se confirmadas as previsões, ao longo das últimas três safras, o país terá dobrado a produção de pluma. As exportações ficarão em torno de 1,2 milhão de toneladas, tornando o Brasil o segundo maior exportador mundial, posição ocupada hoje no ranking pela Austrália.

Todos os dez estados produtores do país vão plantar mais algodão este ano. Em Mato Grosso, a área deve chegar a um milhão de hectares, um crescimento de 18% em relação à safra que está sendo finalizada. Na Bahia, segundo maior produtor nacional, a expectativa é de que sejam cultivados 325 mil hectares, 23% mais que em 2017/2018. A área de lavouras de algodão em Goiás é estimada em 41,6 mil hectares, em torno de 27% maior se comparada à safra anterior, quando o estado plantou 32,7 mil hectares. A expansão geral nas plantações é explicada pelos preços atrativos da pluma no momento da decisão de plantio, que oscilava em torno de US$0,80 por libra-peso.

 

“É importante ressaltar que aumentar a área plantada na cotonicultura não tem a ver com desmatamento, mas com o avanço do algodão sobre outras culturas, como a soja e o milho, dentro da matriz produtiva de cada fazenda. É uma decisão diretamente ligada a questões de mercado. O incremento de produção segue na mesma esteira, mas é intensificado pelas altas produtividades alcançadas nas lavouras do Brasil, que resultam dos investimentos em tecnologias adequadas e no manejo correto”, diz o presidente da Câmara Setorial do Algodão, e também da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura.

 

Excedente

 

Com mais algodão saindo das lavouras e a estagnação do consumo no parque industrial têxtil nacional em torno de 700 mil toneladas, o país terá de exportar mais pluma. O problema, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), é que as importações brasileiras, como um todo, diminuíram, o que reduz a disponibilidade de contêineres no país para o chamado frete de retorno, que sai dos portos brasileiros com produtos como café, açúcar e algodão. “Isso deve acarretar maior tempo para a exportação, além da necessidade de armazenamento de parte desse algodão nas fazendas. Com certeza, também deverá impactar os custos do frete marítimo”, afirma o vice-presidente da entidade, Marco Antônio Aluísio. Segundo ele, no ano passado, o Brasil exportou por volta de 900 mil toneladas de algodão.

 

Indústria revê estimativas

 

O ânimo dos produtores e exportadores com o aumento da produção e dos embarques contrastou com o do setor da indústria têxtil e de confecções. No início do ano, a perspectiva da Abit para este ano era de aumento de 4,8% no varejo, de 5,2% na produção industrial têxtil e de 5,5% na de vestuário. Ontem, os números apresentados foram de redução de 1% no varejo, crescimento de 0,9% na produção têxtil e retração de 0,4% na fabricação de peças de vestuário.

 

“Vivemos dois anos de recessão profunda em 2015 e 2016. Melhoramos um pouco em 2017, quando o varejo cresceu 7,6%, a indústria, em torno de 5%, mesmo não recuperando o terreno perdido anteriormente. Mas os problemas econômicos do país, o aumento das importações de roupas, os efeitos da greve dos caminhoneiros, além do fato do frio ter demorado a chegar no inverno, acarretou perda de mercado. De uma maneira geral, o consumidor preferiu comprar produtos que demandam mais crédito e estavam represados, como automóveis e eletrodomésticos, por exemplo. Agora, o varejo como um todo já mostra um arrefecimento do ritmo, enquanto não temos as eleições e não sabemos qual será a política econômica do próximo governo”, ponderou Fernando Pimentel, presidente da Abit.

 

Imprensa Abrapa – Catarina Guedes – Assessora de Impresa

 

Confira o memorial da 52º Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados:

1. Pauta da reunião

2. Informes da reunião – ACST

3. Apresentação Abit

4. Apresentação Abrapa

5. Apresentação Bolsa Brasileira de Mercadorias

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda