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A alta das commodities e a possível retirada da taxa de importação

Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM

Ganhou espaço na imprensa especializada nos últimos dias, a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de três importantes produtos no Brasil: a soja, o milho e o arroz. O motivo, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são os preços recordes registrados nas últimas semanas para ambas as commodities e o receio de desabastecimento interno. Algumas entidades se posicionaram contra a retirada de taxas de importação para países de fora do Mercosul. 

 

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), por exemplo, informou que o setor produtivo rejeita a possível isenção da tarifa para o arroz importado. Os preços mais altos pagos para os produtores faziam parte de uma reivindicação antiga dos orizicultores no estado gaúcho, maior produtor nacional do cereal. Agricultores alegavam que os valores praticados nos últimos anos não cobriam sequer os custos de produção.

 

A decisão oficial sobre a retirada ou não da TEC deve ser divulgada após reunião marcada para acontecer ainda em setembro. “2020 está sendo um ano atípico para o arroz brasileiro. Além da pandemia e das grandes exportações, o produto começou a ter valorização no mercado interno. Com a pandemia, houve um aumento da procura nos supermercados que fez com que o medo de faltar produtos básicos fizesse com que muitas pessoas estocassem esses produtos em grandes quantidades”, Giuliano Ferronato da Mercado Corretora, que lembrou que alguns supermercados gaúchos precisaram inclusive limitar as vendas.

 

Porém, a indústria seguiu trabalhando durante a pandemia e conseguiu cumprir com o compromisso de abastecer os supermercados, mas os preços não cederam. Ao mesmo tempo, Giuliano explica que houve uma procura maior pelo produto, tanto pelo arroz beneficiado, quanto pelo arroz em casca, impulsionando as exportações do Brasil entre abril e julho. Durante este período, o país embarcou mais de 1 milhão de toneladas do produto e importou 490 mil toneladas, especialmente de países como Guiana, Paraguai e Uruguai.

 

O último indicador da Bolsa Brasileira de Mercadorias apontou o preço de R$ 105,00 para a saca de arroz de 60 kg em Uruguaiana (RS) após o fechamento de quinta-feira (3), hoje, sexta-feira, os valores estã ainda maiores, em R$ 108,00 a saca, segundo corretoras. O valor histórico para o preço da saca representa uma alta acima de 57% para o produto no acumulado de 30 dias. Em Camaquã, também no Rio Grande do Sul, a alta no acumulado mensal é de 64%. Em abril, as cotações rondavam os R$60,00 a saca. “Teve casos, alguns dias atrás do valor da saca subir R$ 2,00 por dia”, ressaltou o corretor que destacou que o arroz importado tem qualidade menor do produto nacional.

 

E os altos patamares não devem parar por aí. “Nos próximos dias deve haver um aumento ao consumidor porque hoje a indústria trabalha com pagamento praticamente à vista ao produtor e vende com pagamento a 45 dias para o supermercado”, alerta o corretor. Segundo ele, depois do dia 10 deste mês o preço no supermercado pode passar de R$ 25,00 (5kg) para o consumidor. 

 

No segundo trimestre de 2020, os preços do arroz para o consumidor ficaram 15% mais caros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que acabou contribuindo para aceleração de alta no grupo de alimentos e bebidas que compõem a inflação oficial do país. O comportamento se repete em outros produtos, como milho, trigo, soja.

 

Confira as cotações agrícolas atualizadas no Indicador BBM

 

Foto: Viasoft

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logo_sinap

METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda