A segunda-feira (13) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações da CBOT sofreram um movimento técnico de baixas diante do momento de colheita da safra dos Estados Unidos.
“Hoje de manhã a gente levantou com o pessoal de lá que 92% das lavouras de milho estão em maturação e 42% já colhido, números dentro das médias históricas. A colheita está andando normal, a produtividade é cheia e há falta de notícias novas sem os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,10 com desvalorização de 2,25 pontos, o março/26 valeu US$ 4,27 com baixa de 1,75 ponto, o maio/26 foi negociado por US$ 4,36 com queda de 1,50 ponto e o julho/26 teve valor de US$ 4,43 com perda de 1,25 ponto.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), de 0,54% para o dezembro/25, de 0,41% para o março/26, de 0,34% para o maio/26 e de 0,28% para o julho/26.
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho também finalziaram o pregão desta segunda-feira com movimentações negativas.
Apesar dos recuos, Vlamir Brnadalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, destaca que as cotações estão em patamares melhores do que os esperados para este período do ano.
“O novembro vinha trabalhando perto de R$ 65,00 e agora está acima de R$ 67,00. Hoje ele está em leve baixa, mas o mercado tem viés de leve alta porque temos demanda aparecendo para exportação e interna para ração e etanol. Esse movimento de leve baixo é pequeno e atrelado à Chicago e ao dólar, não tem uma tendência, que é vermos um pouco melhor a frente”, afirma Brandalizze.
A análise da Grão Direto acrescenta que, o mercado físico brasileiro de milho seguiu sem grandes novidades, com poucos negócios e demanda interna ajustada ao consumo. “As exportações continuam em ritmo moderado, e a formação de preços está travada pela ausência de fatores de curto prazo capazes de alterar o equilíbrio atual”.
“Como reflexo do que aconteceu nas últimas semanas, o mercado interno de milho deve seguir sem grandes movimentos no curto prazo. A oferta e demanda estão equilibradas e os compradores não precisam fazer grandes movimentos para originar o cereal. Por outro lado, o produtor também segue resistente aos preços atuais, o que dificulta ainda mais para que novas tendências de mercado sejam definidas”, avaliam os analistas da Grão Direto.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 67,20 com baixa de 1%, o janeiro/26 valeu R$ 69,40 com perda de 0,93%, o março/26 foi negociado por R$ 71,17 com queda de 0,95% e o maio/26 teve valor de R$ 70,08 com desvalorização de 1,08%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais ganhos do que perdas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO e Rio Verde/GO. Por outro lado, apenas a praça de São Gabriel do Oeste/MS registrou desvalorização.