Os preços do açúcar recuaram novamente nesta quarta-feira (17), ampliando as baixas da última sessão e acumulando perdas de mais de 1% entre os principais contratos nas bolsas de Nova Iorque e Londres. A pressão vem do aumento da oferta no Brasil e das perspectivas mais favoráveis para as exportações indianas.
Em Nova Iorque, o outubro/25 caiu 0,16 cent (-1,03%), negociado a 15,38 cents/lbp. O março/26 recuou 0,17 cent (-1,05%), cotado a 16,10 cents/lbp. O maio/26 também perdeu 0,17 cent (-1,05%), encerrando a 15,93 cents/lbp, enquanto o julho/26 recuou 0,17 cent (-1,08%), a 15,60 cents/lbp.
Em Londres, o dezembro/25 registrou baixa de US$ 4,50 (-0,99%), fechando a US$ 454,60/tonelada. O março/26 caiu US$ 5,40 (-1,21%), cotado a US$ 446,10/tonelada. O maio/26 recuou US$ 5,70 (-1,26%), para US$ 445,90/tonelada, enquanto o agosto/26 perdeu US$ 5,30 (-1,18%), a US$ 445,80/tonelada.
De acordo com análise do Barchart, o avanço da produção de açúcar no Brasil tem aumentado a disponibilidade do produto no mercado internacional e pressionado os preços. Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgados ontem mostraram que a produção do Centro-Sul cresceu 18% na segunda quinzena de agosto em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, a parcela de cana destinada à produção de açúcar chegou a 54,20% na segunda quinzena de agosto, contra 48,78% no mesmo período da safra passada, reforçando a tendência de maior direcionamento da moagem ao adoçante.
Os preços do açúcar já estavam na defensiva desde terça-feira, quando a trader Sucden afirmou que a Índia pode exportar até 4 milhões de toneladas do adoçante na safra 2025/26, número bem acima das expectativas iniciais de 2 milhões de toneladas.