Reconhecido mundialmente como um dos maiores produtores de alimentos e bioenergia, o agronegócio brasileiro é prioridade para as principais multinacionais do setor de defensivos agrícolas. Para os grandes compradores de insumos agrícolas, gerar mais resultados implica ampliar a proximidade e o conhecimento sobre essas empresas fornecedoras.
Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) indicam que em 2024, a área tratada com defensivos no Brasil cresceu 12,2%, alcançando mais de 2,5 bilhões de hectares. “O ambiente atual de negócios, marcado por margens cada vez mais apertadas e pela complexidade dessa cadeia de suprimentos, exige que os grandes compradores de defensivos químicos e biológicos assumam um papel central, sobretudo nas negociações para obtenção de preços mais competitivos e soluções logísticas eficientes. Nesse contexto, estreitar relações com as principais companhias do setor é prioridade”, afirma o head de compras de diesel, defensivos e lubrificantes da SCA Brasil Aliança, Diego Lopes.
Lopes acaba de voltar de uma visita à sede da Tecnomyl, em Villeta, na região metropolitana de Assunção, no Paraguai, um dos maiores polos de inovação agrícola da América do Sul. Além de ser a maior produtora de defensivos agrícolas daquele país, a empresa mantém 15 centros de distribuição no mercado brasileiro, onde atua desde 2021. “A Tecnomyl é um importante integrante do painel de fornecedores de defensivos da SCA Brasil Aliança. Negociamos com a empresa as compras de aproximadamente US$ 4 milhões na safra 2025-2026, incluindo diversos ativos para clientes produtores de cana-de-açúcar e grãos”, explica o executivo.
Ele ressalta o grande potencial de crescimento, pois a Tecnomyl vem investindo fortemente em novos registros e em inovação, por meio de formulações de novos produtos, líquidos e granulados. “No médio prazo, a empresa pode se tornar um dos principais players no segmento de produtos genéricos, como também obter importante fatia na participação de mercado de defensivos no Brasil”, complementa Lopes.
Mercado de defensivos
A maior parte dos produtos do mercado de defensivos comercializados no Brasil tem origem externa. As grandes empresas importam ativos da China, Índia, Europa e Estados Unidos, dentre outros países. “As empresas podem elaborar suas formulações em fábricas no Brasil, mas a Tecnomyl formula os produtos no Paraguai e os exporta para o mercado brasileiro, ou já traz os produtos acabados da China diretamente para o Brasil, apresentando uma forte competitividade em preços, com portfólio extenso e produtos estratégicos para importantes culturas, como as de grãos, cana-de-açúcar e pastagem”, pontua Diego Lopes.
Durante o encontro no Paraguai, foram apresentadas informações institucionais sobre o Grupo Sarabia, controlador da empresa e da Agrofértil, focada na distribuição de insumos no Paraguai. Juntas, elas registraram em 2024, faturamento de aproximadamente US$ 2 bilhões. Acompanhado pelo CEO, José Marcos Sarabia, e de sua diretoria comercial, Lopes conheceu o potencial produtivo do complexo industrial. Conheceu também, o estoque de matérias-primas a produtos acabados, plantas de defensivos químicos líquidos, granulados, formulações, nutrição e biológicos, além de todo o processo de tratamento de resíduos sólidos e efluentes. No mês de agosto, a empresa inaugurou a nova planta dedicada à produção de defensivos biológicos, mercado em forte expansão, dentro do complexo.
Segundo o executivo da SCA Brasil Aliança, o encontro na Tecnomyl reforçou a importância da inovação e da sustentabilidade como diferenciais no setor. “Foi possível ver de perto como cada etapa do processo industrial é realizada com tecnologia, processos rigorosos e um firme compromisso com a sustentabilidade. A visita foi uma oportunidade de fortalecer a parceria, trocar conhecimentos e aprender mais sobre o foco em inovação dentro do segmento de pós-patentes. É fundamental que os times de compras e agrícolas entendam a realidade e a complexidade envolvidas na cadeia de suprimentos, bem como o diferencial que o P&D no mercado de pós-patentes pode representar, atuando de forma estratégica, em um mercado cada vez mais competitivo, sendo a visita bastante enriquecedora neste sentido. Agradeço à Tecnomyl em nome da SCA Brasil Aliança.” conclui Lopes.
